Cuiabá, Sexta-Feira, 5 de Dezembro de 2025
ESTIAGEM
19.12.2023 | 17h38 Tamanho do texto A- A+

Seca castiga lavouras e safra de soja deve ter queda de 20%

Aprosoja divulgou nesta terça-feira o resultado de uma pesquisa feita com 600 associados

Divulgação

O presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Lucas Costa Beber

O presidente da Aprosoja de Mato Grosso, Lucas Costa Beber

DA REDAÇÃO
As ondas de calor e a redução das chuvas em Mato Grosso devem quebrar a produção da safra 2023/24 de soja em cerca de 20%, aponta pesquisa feita pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT).
 
O levantamento foi realizado com mais de 600 associados, abrangendo uma área de 862 mil hectares, ou 7,10% de toda área de soja em MT.
 
A pesquisa também aponta que os sojicultores de MT devem colher 36,15 milhões de toneladas nesta temporada, 9,16 milhões a menos que na safra anterior, quando a produção foi de 45,31 milhões de toneladas,este último dado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). 
 
A redução é pautada, principalmente, pela menor produtividade, que deve cair de 62,30 sacas por hectare para 49,68 sc/ha, nas propriedades pesquisadas.
 
De acordo com o projeto Aproclima, da Aprosoja-MT, as temperaturas máximas se mantiveram acima da média, em relação às registradas na safra passada, chegando até a casa dos 44 °C.
 
Em Água Boa, região Leste de MT, por exemplo, a máxima de outubro de 2023 foi de 43 °C, contra 40 °C em 2022. Já em novembro, a máxima foi de 40°C, contra 37 °C no mesmo período de 2022. 
 
Em outra região produtora, no Médio-Norte, no município de Vera, a redução no volume de precipitação também chama a atenção. Nos meses de setembro, outubro e novembro deste ano, o volume de chuvas foi 52% menor que no mesmo período de 2022. 
 
Os produtores também responderam sobre como estão as áreas plantadas. Em média, 34,31% das lavouras estão em boa ou ótima situação, 37,7% estão regulares e 27,58% estão ruins ou péssimas. O estudo também aponta que a situação pode se agravar caso não ocorram chuvas regulares nas próximas fases de desenvolvimento das plantas.   
 
Redução da área de milho segunda safra
 
O cenário de seca também provocou o atraso no plantio da oleaginosa e comprometeu a janela de semeadura do milho segunda safra, que deve ter área reduzida em 24,59%, aponta o levantamento. Segundo o Imea, o atraso na semeadura da soja nesta temporada é maior que a média dos últimos cinco anos. 
 
A maior redução da área de milho segunda safra deve ser registrada na região Oeste, dentre as propriedades pesquisadas. Por lá, a redução pode ser de 42,31%. Já na região Leste, a redução deve ser de 25,42%; no Norte, 16,83% e, na região Sul, a área plantada do cereal deve ser 13,83% menor que na temporada anterior.
 

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