Os três senadores de Mato Grosso - Jayme Campos (União), Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) - assinaram o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Eles citaram uma “escalada autoritária” no País.
O pedido foi protocolado há algumas semanas pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Na última segunda-feira (4), Moraes determinou a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu no processo sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado no final de seu governo.
A ordem de prisão foi dada após Bolsonaro descumprir, no entendimento de Moraes, medidas cautelares impostas após a operação de 18 de julho, quando o ex-presidente foi obrigado a colocar tornozeleira eletrônica e proibido de usar redes sociais.
O primeiro que assinou o pedido foi Wellington, que tem se colocado como o nome da direita em Mato Grosso. Na manifestação do último domingo (3), ele defendeu que a população cobre quem ainda não assinou o pedido.
“Eu já assinei, a minha suplente já assinou, faltam três para dar a maioria. Pressione, cobre do seu senador para assinar o impeachment e fora Xandão”, disse.
Já Buzetti afirmou nesta terça-feira (5) que o ministro ultrapassou o que determina a lei. “Paciência tem limite. Ninguém está acima da lei. Nem mesmo o ministro do STF. Vou assinar agora o impeachment do ministro Alexandre de Moraes”, disse.
O último a assinar foi Jayme, que disse nas redes sociais ter assinado de “maneira consciente”. Ele citou um abuso de autoridade do ministro.
“De forma consciente e responsável, acabo de assinar o pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Diante dos fatos, sobretudo pelo abuso de autoridade que ele está cometendo contra o povo brasileiro e contra o presidente Bolsonaro”, disse.
“Ele ultrapassou qualquer barreira e está desrespeitando a sociedade brasileira. Não podemos concordar com essa atitude”, afirmou.
O Senado é a Casa responsável por processar e julgar ministros do STF por eventuais crimes de responsabilidade. Moraes já é alvo de quase 30 pedidos do tipo. Cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), dar encaminhamento à denúncia.
No pedido, Flávio Bolsonaro alega que as medidas cautelares impostas pelo ministro do STF extrapolam “em muito os limites que regem o exercício da jurisdição penal”.
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2 Comentário(s).
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Aécio Ormond 05.08.25 21h27 | ||||
MUITO BEM STF Para o Brasil ser passado a limpo e romper essa cultura e tradição de golpismo, que vai e volta em nosso país em determinado período de tempo, o STF precisa ser firme e continuar julgando esses golpistas ao rigor da lei. Pois, se forem inocentados, será a senha de futura trama golpista. Se os militares brasileiros tivessem sidos punidos, assim como foram os torturados ditadores da Argentina, Uruguai e Chile. O Brasil não teria passado novamente por uma tentativa de golpe, como a de 8 de janeiro de 2023. A conspiração no Brasil não para, a todo momento surgem movimentos conspiratórios que muitas vezes levam ao desequilíbrio da própria sociedade, uma vez que esses jogos de interesses travam e levam o país ao caos, em prol de benesses para alguns grupos de mercenários que sempre estão de plantão para arruinar o Brasil e se darem bem. | ||||
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Hugo 05.08.25 17h02 | ||||
Senadora, quem acha que está acima da lei é o sujeito que vcs idolatram, seu mito. Já tinha que estar na cadeia. | ||||
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