Servidores devem R$ 1 bi em empréstimos consignados em MT

Os servidores estaduais devem, atualmente, R$ 1 bilhão em empréstimos consignados, segundo informou o superintendente do Banco do Brasil, Marcos Paulo Bankow, durante a Comissão Parlamentar de Inquéritos (CPI) dos Consignados realizada nesta quarta-feira (24), na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Bankow foi ouvido na condição de testemunha. Sobre o número de operações financeiras realizado entre o Governo do Estado e o Banco do Brasil, em favor dos servidores públicos estaduais, ele afirmou que "até o mês de agosto foram fechados 39 mil serviços e 72 mil operações de créditos, porque há funcionários que possuem mais de um empréstimo. Hoje, o saldo da carteira é da ordem de R$ 1 bilhão”.

Marcos disse que a base de limite da taxa de juros para os servidores varia de 1,29% a 2,41%. Segundo Marcos, a taxa de juros é similar ao cobrado pelo mercado financeiro. E que isso depende de vários fatores com o de risco de mercado. Essa taxa independe se o cliente é aposentado ou ativo. A taxa é única para eles, mas depende do valor e do tempo para a quitação do empréstimo. 

Até o mês de agosto foram fechados 39 mil serviços e 72 mil operações de créditos, porque há funcionários que possuem mais de um empréstimo

Questionado pelo presidente da CPI, deputado Guilherme Maluf (PSDB) sobre quais meios o BB utiliza para fazer a operação dos consignados juntos aos servidores do Estado (presencial ou eletrônico), o superintendente disse que a maior parte dos empréstimos é feita por meio eletrônico, disponível no site do Banco do Brasil.

"Mas não tenho conhecimento de quantos por centos são feitos de forma presencial”, afirmou.

Questionado se as empresas fazem os empréstimos aos servidores ou se algum representante do BB vai até o servidor para propor o empréstimo, o superintendente alegou que "a maior parte é feita de forma eletrônica e que os contratos estão disponíveis no sitio eletrônico do banco”.

"Se for presencial, tem uma pessoa responsável para conversar com as pessoas interessadas no empréstimo. Não sei dizer quantas pessoas procuram a instituição para negociar os empréstimos”, disse.

Em relação aos arquivos dos empréstimos feitos pelos servidores, o superintendente disse que existem os contratos feitos presencialmente e os feitos eletronicamente.

"O BB tem a assinatura eletrônica. Eles constam todos os dados do cliente, inclusive com as taxas de juros, o que ele já pagou e quanto deve ainda ao banco”, explicou.

Bankow explicou, ainda, que as informações sobre valores do total de empréstimos consignados, parcelas já amortizadas, quantidades da parcelas pendentes, descontos, taxa do custo efetivo e encargos cobrados estão disponíveis para cada um dos clientes, mas que cabe aos funcionários procurar o banco para saber a situação dele.

O superintendente afirmou que todos os consignados estão em dia e que, mesmo quando há atraso, os nomes dos servidores não são protestados.

"Mas se uma operação é feita à parte ao consignado, o desconto é feito na conta-corrente após 60 dias de atraso do pagamento do empréstimo”, disse.

Oitivas

Hoje, foi realizada a última reunião extraordinária da CPI dos Consignados com os representantes dos bancos. Agora, os deputados vão ouvir o Governo do Estado, mais precisamente a Secretaria de Estado de Gestão, e a empresa Consignum. As datas ainda não foram definidas. 

No final dos trabalhos será formatado um relatório que será encaminhado à Mesa Diretora.

Conforme Maluf, até o final de novembro deste ano, os trabalhos da CPI estarão concluídos.