Cuiabá, Sexta-Feira, 18 de Julho de 2025
ALVO DO STF
18.07.2025 | 11h15 Tamanho do texto A- A+

WF vê "exagero" em decisão que impôs tornozeleira a Bolsonaro

Ex-presidente também ficou proibido de acessar redes sociais; decisão é de Alexandre de Moraes

José Cruz/Agência Brasil

O senador Wellington Fagundes, que criticou decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF

O senador Wellington Fagundes, que criticou decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF

DA REDAÇÃO

O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como "exagerada" a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

 

Submeter um ex-chefe de Estado a esse tipo de medida é um exagero e compromete a confiança nas instituições

O ex-presidente foi alvo de buscas realizadas pela Polícia Federal nesta sexta-feira (18). O político terá que usar tornozeleira eletrônica, não poderá sair de casa à noite e nos fins de semana, além de não poder se comunicar com outros investigados ou com representantes de embaixadas estrangeiras.

 

Na decisão, Alexandre de Moraes afirmou que declarações do ex-presidente e a atuação de seu filho Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, que tenta jogar a opinião pública e o governo americano contra as autoridades brasileiras, são atentados à soberania nacional.

 

Para Fagundes, a medida ultrapassa os limites do razoável e reforça a desconfiança de setores da sociedade em relação à imparcialidade do Judiciário.

 

“O ex-presidente sempre esteve à disposição da Justiça. Participa de eventos, concede entrevistas, nunca se escondeu. Submeter um ex-chefe de Estado a esse tipo de medida é um exagero e compromete a confiança nas instituições”, disse

 

O senador também reforçou o posicionamento do PL, que emitiu nota expressando descontentamento com a decisão de Moraes. De acordo com Fagundes, o partido entende que houve excesso e que Bolsonaro tem garantido compromisso com a Justiça, mantendo presença pública e institucional.

 

“O partido se manifestou de forma equilibrada, mas clara. Há descontentamento. E essa não é apenas uma posição pessoal minha como senador, mas da própria legenda, que enxerga com preocupação esse tipo de decisão judicial”, afirmou.

 

Fagundes alertou, também, para outros episódios recentes, como a decisão do STF de restabelecer o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), contrariando o Congresso Nacional.

 

“Não podemos aceitar decisões de grande impacto sendo tomadas sem debate e sem ouvir o Parlamento. A democracia pressupõe equilíbrio entre os Poderes e respeito ao voto popular”, disse o senador.

 

Futuro de Bolsonaro

 

Sobre o futuro político do ex-presidente, o senador de Mato Grosso disse que o PL ainda acredita em uma candidatura em 2026.

 

“A prioridade do PL é manter Bolsonaro como nosso candidato em 2026.” Fagundes afirmou que, até o momento, o partido não trabalha com plano alternativo e que a exclusão do ex-presidente do processo eleitoral seria um golpe contra a democracia.

 

“Acreditamos que a intenção é afastar o ex-presidente da disputa, porque ele é a maior liderança política do país. Mas reafirmo: eleições sem ele não serão democráticas”, concluiu.

 

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Toni Amorim  18.07.25 11h52
Não é "exagero", mas sim, somente uma canja do está por vir, CADEIA.
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