Ator tinha contrato vitalício e chorou com último trabalho

Um dos maiores atores da história da televisão brasileira, Francisco Cuoco, que morreu nesta quinta-feira (19), fazia parte de um grupo seleto na Globo.

O ator tinha o chamado "contrato vitalício", fechado apenas com veteranos considerados relevantes para a empresa.

Os acordos vitalícios são maiores no entretenimento, principalmente com atores e atrizes da chamada "velha guarda" da Globo.

É o caso de Rosamaria Murtinho, Carlos Vereza, Susana Vieira, entre outros.

Os contratos são renovados automaticamente a cada três anos.

No jornalismo, Sergio Chapelin e Cid Moreira, até sua morte no ano passado, também possuíam esse privilégio para poucos.

No esporte, Léo Batista, que morreu em janeiro, era outro que tinha essa benesse.

A Globo confirmou à coluna que Cuoco era contratado da emissora.

Mesmo com contrato, ele atuou pouco nos últimos anos.

Sua última novela, gênero em que fez história como um de seus maiores galãs nacionais, foi uma pequena participação em "Salve-se Quem Puder" (2020), gravada pouco antes do início da pandemia de Covid-19.

Seu derradeiro trabalho foi em um programa humorístico.

Em 2023, Cuoco gravou uma participação breve no humorístico "No Corre", atração liderada por Marco Luque e exibida pelo Multishow e pela Globo nas noites de domingo, em 2024.

No dia de gravação, o ator se emocionou e chorou durante parte das filmagens.

Ele agradeceu aos diretores e a Luque pelo convite para voltar a um set de televisão, ambiente do qual foi habitué por longos anos, muitas vezes como galã e protagonista.

Durante a Covid-19, Cuoco passou por uma depressão pelo longo tempo de isolamento, algo comum para idosos, segundo os médicos

. Voltar para a televisão era um desejo para mostrar que ainda estava na ativa e tinha vigor o suficiente para continuar trabalhando.

A Globo deverá prestar homenagens a ele na programação nesta quinta (19). A emissora cancelou o programa de Pedro Bial e vai reprisar o Tributo, especial que revisitou sua carreira, exibido no início deste mês.