Congressistas democratas publicaram emails atribuídos a Jeffrey Epstein nos quais sugere que o presidente dos EUA, Donald Trump, sabia de sua conduta e abusos cometidos.
A Casa Branca acusou a oposição de fabricar "narrativa falsa".
Prints foram publicados no X. Página 'Oversight Dems' é do grupo de democratas do Comitê de Supervisão, uma comissão da Câmara dos Deputados dos EUA.
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Epstein foi condenado em 2008 por solicitação de prostituição a uma menor e enfrentou outras acusações anos depois.
Casa Branca diz que divulgação é "seletiva".
"Os democratas vazaram seletivamente emails para veículos de mídia liberais a fim de criar uma narrativa falsa e difamar o presidente Trump", afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, em um comunicado.
Jeffrey Epstein escreveu em 2011 que Trump "passou horas" em sua casa com uma vítima de tráfico sexual.
O email foi enviado pelo magnata para sua esposa, Ghislaine Maxwell, no qual ele também se referiu a Trump como "um cachorro que não latiu".
O espólio de Epstein divulgou um total de 23.000 documentos que estão sendo analisados pelo Comitê de Supervisão.
O agressor sexual afirmou que Trump "sabia das garotas, pois pediu a Ghislaine que parasse".
Afirmação foi em email separado, com o autor Michael Wolff, em 2019.
Em outra mensagem, em 2015, os dois discutem se podem "elaborar uma resposta" para a próxima entrevista de Trump à CNN, com Wolff caracterizando a influência de Epstein sobre o então candidato à presidência Donald Trump, dizendo:
"Se ele disser que não estava no avião ou na casa, isso lhe dá uma valiosa moeda de troca política e de relações públicas".
"Quanto mais Donald Trump tenta encobrir os arquivos de Epstein, mais descobrimos", disse líder democrata Robert Garcia.
Representante na Câmara dos Representantes dos EUA pelo 42º Distrito da Califórnia, o democrata afirma que "esses emails e correspondências recentes levantam questões gritantes sobre o que mais a Casa Branca está escondendo e sobre a natureza da relação entre Epstein e o presidente."
O Departamento de Justiça deve divulgar integralmente os arquivos de Epstein ao público, segundo Garcia. Segundo ele, o "Comitê de Supervisão continuará pressionando por respostas e não parará até que a justiça seja feita para as vítimas".
Menção ao príncipe Andrew
Em um dos emails Epstein menciona uma mulher que acusa o príncipe Andrew de abuso sexual quando ela era menor de idade.
Na mensagem enviada para a assessora americana Peggy Siegal, Epstein diz que " a garota que acusou o Príncipe Andrew também pode ser facilmente comprovada como mentirosa".
Magnata pediu para mandarem alguém investigar Virginia Giuffre. Segundo ele, a mulher "causou tantos problemas para o filho da Rainha". Ele também afirmou que ela era uma farsa.
Em 2025, Andrew Mountbatten Windsor foi afastado da realeza britânica após escândalos ligados a Jeffrey Epstein.
O terceiro filho da Rainha Elizabeth 2ª perdeu oficialmente todos os títulos e honrarias reais após decisão do rei Charles 3º, seu irmão.
Epstein foi preso pela primeira vez em 2008, quando foi sentenciado a 13 meses de prisão.
Na época, os pais de uma menina de 14 anos denunciaram à polícia que o empresário havia abusado sexualmente da garota em sua mansão. Outras possíveis vítimas foram descobertas e foram encontradas fotos de meninas na casa dele.
Jeffrey se livrou de pegar prisão perpétua. O bilionário fechou um polêmico acordo que o livrou de ficar encarcerado pelo resto da vida e fez com que ele fosse registrado na lista federal de criminosos sexuais. Enquanto preso, podia sair para trabalhar seis dias por semana.
Ele voltou a ser preso em 2019 acusado de tráfico sexual. Jeffrey foi acusado de traficar dezenas de meninas, de explorá-las e abusá-las sexualmente.
Desse caso, o bilionário se declarou inocente e sempre negou as acusações. Após um mês na cadeia, ele foi encontrado na cela e foi declarado morto aos 66 anos. A causa da morte foi suicídio.
Muitas dessas jovens foram aliciadas pela socialite Ghislaine Maxwell, ex-noiva e amiga de Epstein. Ela foi presa em 2020 e sentenciada a passar 20 anos na prisão.
Trechos de documentos do caso Epstein foram divulgados na imprensa e revelaram que famosos e políticos participaram das polêmicas festas do empresário.
Personalidades como Leonardo DiCaprio, Cameron Diaz, Cate Blanchett, Bruce Willis, Kevin Spacey, George Lucas e Naomi Campbell foram citados, mas nenhum deles foi acusado de praticar algum crime.
Políticos como o ex-presidente Bill Clinton e o atual mandatários dos EUA, Donald Trump, também são citados em documentos.
Os dois, porém, não receberam acusações formais de crime algum.
Membro da realeza britânica, o príncipe Andrew já respondeu a processo de abuso sexual relacionado ao caso Epstein.
O príncipe foi acusado de manter relações sexuais com uma menor por intermédio do empresário em uma "orgia com várias menores de idade".
Na época, o Palácio de Buckingham destituiu Andrew de seus deveres militares e de seu título real.
Escândalo sexual de Epstein foi narrado na série documental "Sobrevivendo a Jeffrey Epstein".
A produção conta detalhes do caso e mostra como o bilionário usou de sua fortuna, poder e relação com poderosos dos EUA para se escapar por tanto tempo da Justiça.
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