Miss Brasil Gay busca evidenciar envelhecimento dos LGBTs

Neste sábado (23), acontece na cidade de Juiz de Fora (MG) a final do Miss Brasil Gay 2025.

Em sua 43ª edição, o concurso para a mais bela transformista do país terá como tema "Envelhecer do público LGBTQIA+", em linha com outros eventos nacionais da comunidade, como a Parada Gay de São Paulo.

Segundo a organização, a escolha mostra que o concurso é um espaço de resistência cultural e um símbolo de visibilidade e orgulho LGBT+.

Para eles, discutir o envelhecimento da comunidade é um ato político, num país que carece de políticas públicas adequadas para esse público.

Um grupo de 27 candidatas luta pela coroa, em uma competição que segue os moldes dos tradicionais concursos de beleza já conhecidos.

Além dos desfiles em trajes típico e de gala, para avançar na peneira elas também passam por etapas valendo notas classificatórias, avaliadas por uma bancada de jurados convidados.

No palco, ao vivo, as misses finalistas respondem ainda a uma pergunta dos jurados.

Quem se despede do título na ocasião é Allexa Dantas, 31, titular de 2024, defendendo a faixa de Minas Gerais.

Para participar, a principal regra é que os concorrentes devem ser do sexo masculino e transformistas e ter entre 22 e 38 anos.

É totalmente proibida a participação de travestis ou transexuais, que tenham ou não realizado intervenções cirúrgicas estéticas com prótese (seios e glúteos).

Criado na década de 1970 por Chiquinho Motta, o objetivo do evento é celebrar não só o trabalho de artistas transformistas, mas também a diversidade em nossa sociedade.

Ainda de acordo com a organização, o Miss Brasil Gay é reconhecido internacionalmente e possui desde 2007 registro de patrimônio imaterial de Juiz de Fora.

Por isso mesmo, a prefeitura da cidade mineira é uma das apoiadoras do evento.

Parte da renda dos ingressos do evento de sábado será destinada a ONGs e coletivos locais.

O evento será transmitido ao vivo pelo canal do concurso no YouTube, a partir das 20h.