A médica Roberta Saretta revelou detalhes comoventes sobre os últimos momentos de Preta Gil. A cantora morreu em 20 de julho, em Nova York (EUA), em decorrência de um câncer colorretal.
Coordenadora da equipe do cardiologista Roberto Kalil, do Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, Saretta acompanhou Preta desde o início do tratamento e estava com ela no momento da morte. Segundo relato da profissional, ela decidiu trazer a artista de volta ao Brasil após uma piora no quadro de saúde.
“Quando a ambulância chegou para levá-la ao aeroporto e os paramédicos mediram as taxas, ela estava estável, com índices normais, pressão, eletro, tudo. Ela queria, com todas as forças, chegar no Brasil. Durante o trajeto de 1 hora e 20 minutos de viagem até o avião, fiquei de frente para ela, repetindo que a levaria para casa”, detalhou ao jornal O Globo.
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Ela ainda contou que a filha de Gilberto Gil e Sandra Gadelha fez todo o percurso acordada. No entanto, ao chegar ao aeroporto, ela se sentiu mal, vomitou e revelou que não conseguiria seguir com a viagem.
“‘Estamos quase lá’, eu falei. ‘Preta, você dá conta de viajar? Segura mais um pouco?’. E ouvi a resposta: ‘Não dou conta’. Pedi para o paramédico nos levar ao hospital mais próximo. Chegamos em oito minutos. Quiseram reanimá-la, poucos minutos depois ela se foi.”
Tratamento e decisão de voltar ao Brasil
Segundo a médica, o protocolo experimental pelo qual a cantora passava nos Estados Unidos “era uma terapia-alvo, uma quimioterapia intravenosa. Ela agia contra uma mutação específica. Mas o câncer da Preta tinha mais de uma mutação”.
“Após quatro sessões, ela teve uma infecção e precisou interromper o tratamento por cerca de 10 dias. Quando retornou, fez mais uma sessão, mas os rins já estavam comprometidos e a doença havia progredido. Foi necessário interromper o tratamento”, explicou.
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