Cuiabá, Quinta-Feira, 19 de Junho de 2025
DECISÃO POLÊMICA
06.05.2015 | 14h10 Tamanho do texto A- A+

Padaria do RS muda nome do 'nega maluca' para 'bolo afrodescendente'

Padaria da Praia do Cassino substituiu o nome da tradicional nega maluca. No estabelecimento, aberto em 2010, 'negrinho' virou 'brigadeiro'.

Reprodução

Popular nega maluca virou bolo afrodescendente em Rio Grande

Popular nega maluca virou bolo afrodescendente em Rio Grande

RAFAELLA FRAGA
DO G1
Por respeito à cartilha do politicamente correto, uma padaria da Praia do Cassino em Rio Grande, no Sul do estado, resolveu mudar o nome de um dos seus produtos. Batizou a torta que é popularmente chamada de "nega maluca", guloseima feita inteiramente à base de chocolate, de bolo afrodescendente.

"Foi por causa dessa onda do politicamente correto. Estou seguindo uma linha de respeito", afirma ao G1 o proprietário da padaria Pão da Praia, Gilberto Ponce Dias. Localizado na Avenida Atlântica, o estabelecimento é disputado entre os clientes no início das manhãs e nos dias de verão.

O empresário conta que abriu o estabelecimento em 2010 e que o doce sempre teve esse nome. "Aconteceu [com a nega maluca] a mesma coisa que aconteceu com o negrinho. Negrinho aqui na padaria é brigadeiro", exemplifica, contrariando a expressão tão usada no Rio Grande do Sul para se referir ao famoso doce das festinhas de aniversário.

Desde então, porém, a padaria se divide entre os comentários positivos e algumas críticas. "As pessoas comentam muito. Mas já teve incomodação. Tem gente que fala que isso é uma atitude racista. Argumento que não. A crítica faz parte, claro. Mas eu fiz isso por respeito", ressalta.

A iguaria é servida em duas opções: com doce de coco e doce de leite, e custa R$ 26 o quilo. Segundo ele, é um dos produtos mais procurados entre a clientela. Ele credita o sucesso à curiosidade do nome, mas também ao sabor. "O pessoal procura muito por ele. Porque a torta é boa mesmo, mas também porque o pessoal acha interessante", afirma.

Por enquanto, ele não pensa em alterar o nome do produto. "Só se houver um problema sério. Mas acho que não", diz Poncio, que em 25 anos no segmento jamais tinha visto a nega maluca virar bolo afrodescendente.

fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2015/05/padaria-politicamente-correta-vende-bolo-afrodescendente-em-rio-grande.html

Pão da Praia/Divulgação

Bolo tem opção de cobertura com coco granulado




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