Na nova versão de "O Rebu", que estreia no dia 14 de julho, às 23h, na Globo, não existirá um casal gay na novela, informou um dos autores da trama, George Moura. Em conversa com o UOL, durante a coletiva de imprensa, nesta terça-feira (25), no Rio de Janeiro, ele explicou que a empresária Angela Mahler, interpretada por Patrícia Pillar, terá uma forte relação de carinho pela "filha de coração", Duda, papel de Sophie Charlotte.
"Ela é viúva e vive com essa menina que é uma filha de coração, adotiva. Essa questão da sexualidade não está dentro da temática da novela", esclarece, dando a entender que caberá ao público definir a relação.
Em 1974, na versão original de "O Rebu" escrita por Bráulio Pedroso e exibida pela Globo, a homossexualidade foi abordada pela primeira vez em uma telenovela brasileira através dos personagens Cauê e Conrad Mahler interpretados por Buza Ferraz e Ziembinski. Na ocasião, a censura no Brasil exigia que o jovem aparecesse como filho adotivo de Conrad Mahler, apesar das atitudes apontarem um relacionamento escondido.
Também nesta nova versão o papel principal será interpretado por uma mulher (Pillar), o que na novela original era vivido por um homem. Ela será uma viúva que perdeu o marido e os filhos gêmeos em um acidente de helicóptero. Segundo George Moura, a mudança ocorreu por conta do espaço que a mulher conquista na sociedade, já que a trama se passará nos dias de hoje.
"A ideia de mudar para uma mulher surgiu para trabalhar a contemporaneidade da novela. As mulheres hoje estão no poder. Com isso você espelha as mudanças para outros personagens", explicou.
