O Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) abriu sindicância para apurar um suposto caso de negligência por parte da Clínica Femina – Hospital Infantil e Maternidade.
De acordo com uma denúncia, a unidade teria se negado a atender uma mulher grávida em trabalho de parto e com suposta eclâmpsia (hipertensão gestacional).
De acordo com a presidente do CRM, Dalva Alves das Neves, a sindicância foi aberta assim que o caso repercutiu na imprensa. “Em todos os casos que ganham repercussão, nós abrimos uma investigação para apurar os fatos”, disse.
"O processo pode gerar penas previstas no Código de Ética da Medicina, que podem ser desde uma exposição pública sobre a conduta falha do profissional, até a punição máxima que resulta na cassação do registro médico para exercer a função "
No entanto, a médica ressaltou que a denúncia tem que ser apurada com cautela e respeitando todas as etapas da sindicância.
“Se na sindicância for constatado que, realmente, houve a negligência, será aberto um processo para punir o profissional envolvido no caso”, disse.
De acordo com a presidente do conselho, esse processo pode gerar penas previstas no Código de Ética da Medicina, que podem ser desde uma exposição pública sobre a conduta falha do profissional até a punição máxima, que resulta na cassação do registro para exercer a função.
A pena para negligência consta no Artigo I, do código, que prevê punição ao profissional que omitir atendimento médico a pacientes.
Mary Juruna/MidiaNews
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Presidente do CRM-MT, doutora Dalva das Neves: inquérito vai apurar denúncias.
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Entenda o caso A denúncia repercutiu na imprensa depois que o cidadão Kadu Souza postou, em sua página, na rede social
Facebook, que ele e sua mulher, Fernanda Maia, foram “expulsos a pontapés” da Femina - clínica particular especializada em maternidade.
Segundo Souza, no último domingo (11), sua esposa começou a passar mal, “com pressão alta, dores fortes no estômago, perda de sangue e de líquido amniótico”.
O cidadão, que mora em Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá), disse que os hospitais da cidade não possuem estrutura para atender casos de emergência envolvendo grávidas.
Diante da situação, ele relatou que, em uma “atitude desesperada”, resolveu contratar uma ambulância Home Care e vir até Cuiabá para buscar atendimento para sua mulher na Femina.
Mas, na clínica, conforme ele,sua mulher não foi internada, sob a alegação de que não havia mais leitos.
Ele criticou, principalmente, a postura de uma médica (nome não revelado), que não teria feito nenhum tipo de exame na mulher para constatar a gravidade da situação.
“A certa doutora simplesmente se negou a nos atender, dizendo que já haviam ligado de Primavera pedindo vaga e ela disse que não, repetindo a seguinte frase: 'Eu já falei que não tinha vaga. Vocês não acreditaram e vieram parar aqui na porta. Eu não vou atender', escreveu Kadu Souza, no Facebook.
Segundo ele, a médica teria empurrado a maca de sua mulher para fora da clínica, insistindo que ali não haveria mais vagas na maternidade.
O casal, então, seguiu para o Hospital Santa Helena, unidade do SUS referência em UTI Neonatal.
Lá, segundo ele, a mulher finalmente foi atendida pelos médicos de plantão.
Segundo ele, foi constatado que o quadro de Fernanda Maia era grave e que era preciso retirar o bebê o quanto antes.
Souza informou que sua filha nasceu prematura de 30 semanas, mas passa bem, sem a necessidade de respirar com ajuda de aparelhos.
“Detalhe: o Hospital Santa Helena também não tinha vaga, mas lá fomos tratados como seres humanos. Na Femina, fomos tratados como pedaços de carne”, concluiu Souza, em sua página.
Outro ladoA reportagem do
MidiaNews tentou contato com a direção da Clínica Femina, mas, até a edição desta matéria, não obteve retorno das ligações.
Leia na íntegra o relato
Comentários (15)
Fico muito preocupada quando um cidadão pelo simples achismo ou sei lá o que? resolve denegrir a imagem de médicos e instituições. Porque o cidadão não mostrou nenhuma prova que constatasse a sua alegação? Tenho certeza que a clinica possui imagens gravadas do atendimento. Então ao invés de denegrir instituições e profissionais competentes mostre provas cabíveis cidadão e agradeça a Deus e a médica que foi super competente por encaminhar sua esposa a uma unidade que pode fazer o atendimento que ela precisava.
enviada por: Orlene lopesSilva Data: 16/08/2013 13:01:24
Quem conseguiu a vaga para a mãe no Hospital Santa Helena? E porque saíram de Primavera para Femina, sendo q hospital de referencia e o Santa Helena para esses casos? E as câmeras de segurança do Hospital Femina? Difícil de acreditar de q a medica tenha agido assim.
enviada por: Aninha Souza Data: 16/08/2013 09:09:31
a dra agiu corretamnete ,que bom que o crm foi acionado é preciso estudar este caso p que ele fique esclarecido ,e nao podemos esquecer existi a falta de leitos em alguns periodos e sempre existi encaminhamento p outra unidade .
enviada por: roberta Data: 16/08/2013 08:08:27
Leitos e salas de cirurgia não são estruturas elásticas, que apertando cabe mais um. Se está lotado, deve-se procurar outro local. A escolha é do paciente e não do hospital. Não adianta ficar bravo.
enviada por: Antonio Data: 15/08/2013 19:07:04
Conheço a médica.. Dra. eh maravilhosa.. fez o meu pré natal de alto risco e eu quase perdi meu bebê ... graças a ela deu tudo certo... inclusive ela é especialista em gestação de alto risco.. penso da seguinte maneira.. se eles ligaram perguntando e ela disse que não tinha vaga... pq foram la? se ela fizesse o parto um bebe de 30 semanas não iria resistir um translado ate outro hospital... mal educada tenho certeza que ele não foi...e não esqucendo.. qquer gestante em trabalho de parto ou risco de parto prematuro so pode ser feito onde tem UTIneo natal...
enviada por: Débora Frizon Longobardi Data: 15/08/2013 18:06:53
primeiro acho muito estranho esta historia . pois conheço a dra e tenho certeza que ela não é capaz de tomar tal procedimento. como o hospital que procuro sempre que preciso é a FEMINA ,já vi por lá varias câmeras de segurança . então se é verdade porque o marido/pai não pede as imagens da medica expulsando sua esposa e põe na rede. até digo mais se não fizer isso pra mim perdeu a credibilidade e tá mal intencionado .
enviada por: maria antonia Data: 15/08/2013 18:06:48
A manifestação desse senhor deve ser vista com muita cautela, pois o hospital femina e seu corpo médico possuem grande credibilidade na nossa cidade.
enviada por: Edna Maria Data: 15/08/2013 17:05:54
A doutora é uma ótima médica e sempre tratou com carinho e respeito seus pacientes. Acredito que a sindicância é importante e irá concluir, com certeza, que esse rapaz relatou os fatos de maneira distorcida e faltando com o verdade.
enviada por: Juliana Dias Data: 15/08/2013 17:05:41
CRM investigue a fundo todo esse acontecimento. Um médico deve ser uma pessoa que trata o próximo com humanidade, acho que é o mínimo isso. Esse homem devia estar desesperado, com medo, angustiado e quando entrou na clinica em busca de ajuda o que encontrou... se fatos foram verdade é muita falta de profissionalismo e acima de tudo de amor no coração. Indignada...
enviada por: Maria Ester Data: 15/08/2013 17:05:12
Acho que o CRM tem que ir a fundo na investigação. Se realmente a médica teve esse comportamento, me desculpa mas é completamente o contrário do juramento que fez. Médico tem que ser humano, tem que querer ajudar as pessoas...fico imaginando o medo e a angustia que esse homem deveria estar sentindo no momento que entrou na clínica em busca de ajuda, e o que encontrou....CRM investigue p valer
enviada por: Ana Clara Data: 15/08/2013 17:05:08
A manifestação desse Sr. deve ser vista com muita cautela, pois o Hospital Femina e seu corpo médico possuem grande credibilidade na nossa cidade.
enviada por: Carolina Dantas Data: 15/08/2013 16:04:57
Trata-se de uma ótima médica, que sempre atendeu com carinho e respeito seus pacientes.
enviada por: Júlia Silva Data: 15/08/2013 16:04:57
Dra Dalva Com todo respeito. A Sra poderia apresentar uma lista dos medicos punidos em Mato Grosso nos ultimos 10 anos
enviada por: Silas Data: 15/08/2013 16:04:28
Muito estranho o relato desse rapaz, difícil acreditar no que ele diz. A doutora em questão é uma médica excelente, muito querida pelas suas pacientes. Sempre tratou com cuidado e amor os seus pacientes.
enviada por: Jaqueline Alves Data: 15/08/2013 16:04:05
Penso que não somente a Médica deve ser responsabilizada,mas a Unidade de Saúde é co-responsável, pois abre suas portas para atender a todos indistintamente, no entantonegou atendimento. Graças à Deus não perdemos mais uma mãe e uma criança por Negligência e imperícia.
enviada por: Simone Camargo Data: 15/08/2013 15:03:35