A pista do Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, estará fechada para manutenção no período da noite pelos próximos 15 dias. O remanejamento dos voos noturnos durante esse período tem causado transtornos e prejuízos para os passageiros.
Por meio de nota, a Centro-Oeste Airports (COA), concessionária que administra o aeroporto, informou que a interrupção das atividades foi publicada em Notam, sigla para "Notice to Airmen", um tipo de aviso aos aeronautas.
Apesar de as informações serem públicas, esse é um documento que contém dados sobre o estado de instalações, serviços ou procedimentos aeronáuticos, e tem como foco pilotos e outros profissionais da aviação, e não a população em geral, que usa esses serviços.
“A pista do aeródromo estará fechada em horários pontuais para a realização de atividades programadas de manutenção. A medida foi previamente coordenada com as companhias aéreas e não representa impacto às operações. Outras informações sobre as intervenções serão divulgadas oportunamente”, diz trecho de nota da concessionária enviada ao MidiaNews.
De acordo com o Notam, a partir desta sexta-feira (1º) até o dia 15 de agosto, a pista ficará interditada entre 19h30 e 7h do dia seguinte.
Maior aeroporto de Mato Grosso, o Marechal Rondon recebeu 1,27 milhão de passageiros e mais de 10 mil voos no primeiro semestre de 2025.
"Falta de respeito!"
O caso tem gerado transtornos e prejuízo para os passageiros. “Isso é um serviço de utilidade pública e tem que ser informado para a população, que se precisar fazer uma viagem de urgência não vai conseguir. Um absurdo isso!”, afirmou um proprietário de agência de viagem que pediu para não se identificar.
A agência descobriu sobre a interrupção após notar que algo estranho acontecia nos últimos dias e ligar para a concessionária. “Os voos estão com altíssima ocupação, tudo lotado. Você não consegue, por exemplo, pegar uma passagem para São Paulo para amanhã, está tudo lotado ou com tarifas acima de R$ 3, R$ 4 mil por poltrona”, disse.
O que gera revolta, segundo o empresário, é a falta de divulgação dessas informações para que os clientes possam se programar.
“É uma obrigação que a concessionária do aeroporto tem com a população. Eu mesmo não achei essa informação em nenhum canal da mídia, não foi passado um informativo para as agências de viagem, não foi passado um informativo das companhias aéreas, nada. Isso é falta de respeito, uma indignação!”, afirmou.
“Com essa reforma, as companhias aéreas diminuíram pela metade a frequência de voos. Com metade dos voos em Cuiabá, o preço da passagem dobrou. Então, se num período normal da última semana você vai para São Paulo por R$ 1,5 mil, agora o valor está dobrado. A população foi prejudicada”.
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3 Comentário(s).
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Carlos Rezende 02.08.25 11h16 | ||||
Mais do que normal tal fato, o que não é normal é a chiadeira de alguns que do alto de sua arrogância se acham como prioridade máxima. Prioridade é a segurança do aeroporto para que possa desenvolver suas atividades conforme determina a lei. | ||||
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Luccas 01.08.25 21h13 | ||||
Absurdo é uma pessoa achar que uma pista de aeroporto não precisa nunca passar por manutenção. E pra surpresa dessa pessoa super inteligente, enquanto uma pista está em obras não pode pousar aviões, né?!? É cada uma.. | ||||
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Lisandro P. Filho 01.08.25 19h21 | ||||
Se tudo privado o povo fica privado de seus direitos, assim funciona tudo pelo lucro, nada pelo social. | ||||
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