Cuiabá, Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025
FRUTICULTURA/LARANJA
28.06.2011 | 13h30 Tamanho do texto A- A+

Indústria e produtores começam a discutir o preço da caixa da laranja

A previsão é de uma boa safra no estado, principal produtor do país

PORTAL DO AGRONEGÓCIO

A colheita da laranja está no início em São Paulo, principal produtor do país. A safra deve ser boa, mas os agricultores estão preocupados com o preço.

A colheita está a pleno vapor na propriedade em Gavião Peixoto, na região central de São Paulo. A produção deverá chegar a cem mil caixas, quinze por cento a mais do que o produzido na safra passada.

O salário fez Francivaldo Almeida e outros 17 trabalhadores saírem do Maranhão para ajudar na colheita.

Na propriedade, apenas 25% das frutas colhidas têm comprador: Uma empresa intermediária irá revender a laranja. A maior parte da produção não tem destino certo.

Depois de cumprir os contratos que têm, o dono da fazenda Elio la Laina venderá o restante da laranja na porta da indústria. Esse é o chamado “mercado spot”. O preço fechado na hora. “O spot chega a ser conveniente em alguns momentos e em outros não. Nós estamos iniciando a safra e esse ano nós não temos informação alguma”, diz.

Segundo a Associtrus, Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos, o custo de produção este ano está bem elevado. “O nosso custo está numa faixa de R$ 17. No ano passado era numa faixa de R$ 15”, esclarece Flávio Viegas, presidente da Associtrus.

De acordo com a CitrusBR, que reúne as principais indústrias de suco de laranja do país, a safra este ano deverá chegar a 387 milhões de caixas. São 26% mais do que o produzido na safra passada.

Para ajudar a sustentar os preços, o governo federal anunciou uma linha especial para estocagem de suco de laranja. O dinheiro será para a indústria estocar o suco e garantir ao produtor o pagamento de, no mínimo, dez reais.

Para Marco Antônio dos Santos, coordenador da Faesp, a Federação dos Agricultores do Estado de São Paulo, já é um começo. “Nosso custo de produção, muitas vezes, é mais elevado do que esses preços praticados. Mas é um preço de referência”, explica

A indústria recebeu bem as medidas do governo para melhorar a renda dos produtores de laranja. “Setenta e cinco por cento da laranja que vai para a indústria vem dos pomares próprios da indústria e de contratos a longo prazo com o produtor. Os outros 25% são vendidos na safra. Como a safra é muito grande, tem muita laranja disponível. Então, a tendência é que o preço caia. No ano passado, se ofertou por R$ 15 porque a oferta de laranja era pequena. No dia em que o governo disponibilizar recurso, garante que o preço seja melhor do que R$ 7, ofertado este ano. Mas esse preço tem que ser pelo menos R$ 10”, avalia Christian Lohbauer, presidente da CitrusBR.

Com a medida do governo a indústria espera estocar cerca de 200 mil toneladas de suco de laranja e negociar melhores preços de exportação.




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