Cuiabá, Sexta-Feira, 25 de Julho de 2025
DISLEXIA
14.06.2016 | 12h45 Tamanho do texto A- A+

Pais devem ficar atentos aos sinais e controlar a ansiedade

Profissional explica que de 4 a 6% da população pode ter o distúrbio e que o diagnóstico precoce ajuda no tratamento

Reprodução

Dificuldades para ler e escrever podem ter origem em problemas oftalmológicos

Dificuldades para ler e escrever podem ter origem em problemas oftalmológicos

DO IG

Você já ouviu falar em dislexia? O distúrbio genético afeta apenas de 4 a 6% da população, mas é de extrema importância que os pais fiquem atentos desde a infância dos filhos, já que descobrir o problema cedo é essencial para seu tratamento.

 

Em entrevista ao iG Delas, a psicopedagoga Sheila Leal explica que a dislexia é um distúrbio específico da leitura e escrita, que também pode ser agravado nas questões matemáticas.

 

"O maior desafio é fazer com que a letra seja reconhecida e seja transformada em som. A criança vê a letra mas não reconhece o som que ela produz". Isso quer dizer que a pessoa tem dificuldades na rota fonoaudióloga. 

 

Para entendermos um pouco melhor, ela explica que o momento em que um dislexico vai ler é como nós lemos algo em um língua que não dominamos. "A criança lê bem devagar", explica Sheila.

 

 

Segundo a profissional existem três tipos diferentes de dislexia:

 

Visual: as crianças trocam as letras de lugar na hora da leitura.


Auditiva: elas não conseguem processar o som.


Mista: as duas coisas acontecem   .

Além disso, o grau do distúrbio também pode variar entre leve, moderada e severa. Nesta última, são crianças que, com 13 anos, ainda não conseguiram ser alfabetizadas. Segundo a psicopedagoga, a dislexia nunca vem sozinha. "A pessoa que tem dislexia, tem outros problemas, a não ser que consiga detectar a doença muito cedo".

 

Disgrafia: Muito comum nas crianças que têm esse distúrbio, a disgrafia é um problema específico de coordenação motora no momento da escrita.

 

Discalculia: Também pode estar presente na pessoa dislexica. "É uma dificuldade em reconhecer números, tempo, espaço, cores, meses, ano e dia da semana", diz a psicopedagoga.

 

Disortografia: A criança que tem disortografia, segundo Sheila, escreve uma mesma palavra de maneiras diferentes.

 

A dislexia não tem cura, mas existe tratamentos. É nessa hora que os pais da criança têm que estar atentos, já que o diagnóstico deve ser feito o quanto antes. "Só vai ser detectado antes, com um pai e uma mãe extremamente presentes na vida da criança".

 

Veja alguns sinais que podem detectar uma possível dislexia:

 

Uma criança que não consegue detectar cores depois dos 5 anos
Atraso de linguagem


Criança com 7 anos que ainda fala errado

 

"Existem muitos pré-requisitos, mas a criança já começa a dar os sinais a partir dos 4 anos", explica ela, que o diagnóstico preciso acontece por volta dos 7 ou 8 anos da pessoa.

 

Relação dos pais

 

A profissional ressalta a importância dos pais da criança nessa fase e fala sobre a ansiedade. "Eles querem ver o filho alfabetizado com 6 anos e dificilmente isso vai acontecer. A gente precisa gerenciar a ansiedade", conta.

 

Sheila ainda conta que uma simples brincadeira pode fazer com que os pais percebam o distúrbio. Os pais devem saber que se tem um filho com dislexia, tem um filho com uma "mente brilhante", que essas crianças têm um QI acima da média e habilidades diferenciadas.

 

Veja alguns trabalhos de Lucas Cuelbas, paciênte de Sheila que tem 9 anos e foi diagnosticado com dislexia e discalculia. Ele está em tratamento desde os 6 anos.

 

Fonte: http://delas.ig.com.br/filhos/2016-06-14/dislexia-pais-devem-ficar-atentos-sinais-controlar-ansiedade.html




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