Cuiabá, Quinta-Feira, 3 de Julho de 2025
CASO SPORTCARS
18.04.2019 | 11h35 Tamanho do texto A- A+

Polícia pede prisão de dono; Justiça nega, mas impõe tornozeleira

Na quarta-feira, a 2ª Delegacia do Carumbé enviou o inquérito ao Poder Judiciário

Arquivo/MidiaNews

Marcelo Sixto Scheavenin (detalhe), que foi indiciado pela Polícia

Marcelo Sixto Scheavenin (detalhe), que foi indiciado pela Polícia

DA REDAÇÃO

A Polícia Civil concluiu o inquérito policial que investigou o proprietário da concessionária Sport Cars Multimarcas, acusado de comercializar veículos de luxo e não repassar o dinheiro aos proprietários dos automóveis.

 

Marcelo Sixto Scheavenin e a esposa Thays Dalavalle foram indiciados por estelionato e apropriação indébita majorada. 

 

O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário no final da quarta-feira (17), pela 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé.

 

A Polícia Civil chegou a pedir a prisão de Marcelo, mas Justiça entendeu pela decretação de medidas cautelares, dentre elas o monitoramento por tornozeleira eletrônica,  apresentação de passaporte e recolhimento domiciliar nos finais de semana. 

 

A esposa dele foi apenas indiciada. 

 

São mais de 20 vítimas que procuram a Polícia Civil para comunicar que deixaram veículos de luxo na concessionária, para venda consignada, e perderam os bens.

 

Algumas disseram que chegaram a receber cheques pré-datados e outras perderam tudo.

 

Alguns casos foram enquadrados como estelionato e outros como apropriação indébita. Todos foram reunidos em único inquérito policial. 

 

Quando interrogados, Marcelo alegou que não tinha a intenção de dar “calote” nas vítimas, mas que de fato usou o dinheiro para pagar contas. Já a mulher justificou somente trabalhar na parte administrativa da empresa e não participava dos negócios.

 

O caso veio à tona no dia 28 de março, quando a SportCars, que ficava na Avenida Miguel Sutil, amanheceu com as portas fechadas. A empresa entrou com um pedido de autofalência na Justiça de Mato Grosso, alegando incapacidade de pagar uma dívida estimada em R$ 11 milhões. 

 

Schiavenin já havia tido problemas com a Justiça de outros Estados. Em Pato Branco (PR), ele chegou a ser denunciado por estelionato e apropriação indébita, mas foi absolvido.

 

A defesa do empresário divulgou nota sobre o indiciamento. Leia abaixo:

 

A defesa dos empresários Marcelo Sixto schiavenin e Thays Dalavale enaltece a técnica e a imparcialidade da decisão que negou o representação pela prisão preventiva do Sr Marcelo.
 
Na referida decisão ficou demonstrado a ausência dos pressupostos previstos no artigo 312 do CPP.
 
Como muito bem fundamentado na decisão, não restou demonstrado o periculum in mora, uma vez que: 
 
1) com o ajuizamento da ação civil de autofalência não há que se falar em eventual risco de reiteração delituosa; 
 
2) O delito pelo qual o Sr Marcelo está sendo investigado não foi praticado com violência ou grave ameaça;
 
3) diferente do que foi noticiado pela imprensa nacional o investigado Marcelo é pessoa de bons antecedentes e réu primário;
 
 4) O investigado se apresentou espontaneamente perante as autoridades colaborando com as investigações policiais, estando em local certo e conhecido; 
 
5) O investigado em momento algum obstruiu o andamento das investigações policiais.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Empresário confirma que ficou com dinheiro que era de clientes

 

 

Acusado de golpe, dono já havia sido denunciado pelo MPE no PR 

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