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12.05.2019 | 08h20 Tamanho do texto A- A+

Violinista faz "vaquinha" para conseguir se apresentar na Rússia

Lindi Mariani Elis Conceição, de 22 anos, foi convidada para participar de festival em São Petersburgo

Divulgação/Instituto Fernando Pereira

Para conseguir se apresentar em solo russo, a jovem precisa arrecadar aproximadamente R$ 8 mil

Para conseguir se apresentar em solo russo, a jovem precisa arrecadar aproximadamente R$ 8 mil

BRUNA BARBOSA
DA REDAÇÃO

Única brasileira convidada para participar de um festival em São Petersburgo, na Rússia, a violinista Lindi Elis Conceição Mariani, de 22 anos, abriu uma "vaquinha virtual" para conseguir realizar a viagem.

 

O festival terá dez dias de duração de dez dias e acontece em agosto. Para conseguir se apresentar em solo russo, a jovem precisa arrecadar aproximadamente R$ 8 mil. Até o momento, Lindi contou que conseguiu arrecadar pouco mais de mil reais.

 

Apenas as passagens não sairão por menos de R$ 5 mil, de acordo com a jovem. Além da apresentação, a violinista também vai participar de aulas e ter a oportunidade de trocar experiências com renomados músicos internacionais. 

 

Lindi recebeu o convite para participar do "Gran Piano in Palace Music Festival and Competition" de um dos músicos que compõem o evento, Alejandro Drago. 

 

A violinista também fez uma apresentação no dia 28 de abril na Casa Cuiabana, em Cuiabá, como forma de arrecadar doações. Lindi contou que planeja realizar outra performance para arrecadar fundos para a viagem nos próximos meses. 

 

Para nós, músicos, é muito importe receber um convite desses, porque sabemos que vamos aprender muito só de ‘colocar o pé’ nesses lugares. É um sentimento muito bom, sinto que meu trabalho está sendo reconhecido

A jovem contou que ela e o músico Alejandro Drago se conheceram durante um festival de música em Poços de Caldas (MG), em 2015. Na ocasião, ele elogiou a desenvoltura da jovem e a convidou para participar de um evento em Praga, na República Tcheca.

 

“Fui com ele [Alejandro Drago] para Praga, onde participei de um evento durante vinte dias. A partir daí, continuamos mantendo contato, voltei em Poços de Caldas em outras oportunidades como aluna dele”, lembrou.

 

No começo do ano, o músico entrou em contato com Lindi para convidá-la para uma temporada na Rússia, onde Drago estará dando aulas de violino.

 

Como foi convidada pelo próprio músico, a violinista foi beneficiada com uma bolsa de 50% para participar das aulas. Porém, a jovem ainda terá gastos com alimentação, hospedagem e transporte na cidade russa.

 

“Não é totalmente gratuito, mas como sou aluna convidada dele vou ganhar 50% de bolsa. Montei uma ‘vaquinha online’ para me ajudar com as passagens, também estou tentando juntar economias”, disse.

 

Ansiosa com a experiência que está prestes a viver na Rússia, Lindi contou que, junto ao convite, veio também a sensação de “estar no caminho certo”.

 

“Para nós, músicos, é muito importe receber um convite desses, porque sabemos que vamos aprender muito só de ‘colocar o pé’ nesses lugares. É um sentimento muito bom, sinto que meu trabalho está sendo reconhecido”, contou.

 

Atualmente, a jovem está no último semestre do curso de licenciatura em música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

 

Ela se divide entre a faculdade e o trabalho como monitora do Instituto Fernando Pereira, na Casa Cuiabana, onde faz aulas de violino como bolsista. Lindi explicou que a questão financeira é sempre uma barreira a ser superada pelos músicos. 

 

“O estudante de música está sempre correndo atrás de oportunidades. Sempre que possível, tentamos viajar para fora de Cuiabá em busca de referências na área. O violino não é um instrumento barato, mas é uma barreira que não me impede de continuar tocando”, disse.

 

De acordo com a jovem, em Cuiabá ainda faltam referências musicais, já que os grandes festivais acontecem, principalmente, em São Paulo.

 

Também é na capital paulista que os principais nomes da área desembarcam para cursos e oficinas. Para ela, Cuiabá e Mato Grosso ainda estão em fase de crescimento nesse sentido.

 

“Ainda tem muito a ser explorado, falta incentivo e referência. São Paulo tem muitas orquestras, professores e instituições, o que torna a mobilização cultural ainda maior. Estou trabalhando para me tornar referência no futuro para outros como eu”, disse Lindi.

 

Clique AQUI para conferir vaquinha online montada pela violinista.

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