Bombeiros

A empresa de reciclagem Canaã Recicláveis, alvo de um incêndio de grandes proporções na noite desta segunda-feira (13), no bairro Coophamil em Cuiabá, estava com o alvará vencido. O documento estava em fase de análise após uma visita do Corpo de Bombeiros ao local, no dia 14 de agosto.
De acordo com o coronel Heitor Fernandes , que está no local para o combate total do incêndio e prevenção de nova combustão e queima, afirmou que a empresa possui o projeto aprovado desde 2007, mas na última visita foram observadas algumas mudanças na área afetada.
“Ela já teve o alvará do Corpo de Bombeiros várias vezes, e ela estava no processo de renovação. Ocorre que no processo de renovação, a vistoria nossa foi feita dia 14 de agosto aqui, foi plotado que teve um acréscimo diário, precisava alterar, atualizar o projeto, junto ao primeiro batalhão, e tinha outros detalhes de placa de sinalização em Corrimão, em uma das escadas”, afirmou.
“Nenhum dos preventivos relacionados ao combate a incêndio estava prejudicado, mas tecnicamente, legalmente, o alvará estava vencido”, complementou.
O Corpo de Bombeiros continua no local e realiza o rescaldo. Conforme o coronel, o trabalho pode durar o dia todo, visto a quantidade de produtos inflamáveis.
“Porque enquanto a gente vai para o maquinário retirando os entulhos, a gente consegue acessar os focos ativos ainda. Toda vez que a gente retira os entulhos de cima, a tendência é que esse foco que está escondido, a chama acenda, a gente tem uma chama um pouco maior”, explicou.
Prejuízo e reconstrução
De acordo com João Luiz Crosara Abrahão, irmão do dono da empresa e quem está coordenando as ações da Canaã Recicláveis até a chegada do proprietário, a área afetada estava em funcionamento há cerca de seis meses.
Victor Ostetti/MidiaNews
João Crosara, irmão do proprietário
Ao lodo ela havia recebido o investimento de R$ 10 milhões, mas ainda não é possível afirmar o valor do prejuízo, considerando que o trabalho do Corpo de Bombeiros ainda não acabou e não se sabe o tamanho da área afetada.
João Luiz disse ainda que a empresa possuía uma estrutura preparada, o que impediu que o fogo se espalhasse para além da propriedade.
“Falando a respeito das contenções, é a importância da empresa fazer um processo de licenciamento bem feito. Olha a proporção do incêndio, e olha para a área externa da empresa, a gente vê que não teve absolutamente nenhum passivo, isso é devido a um processo de licenciamento, um cuidado ambiental, a preocupação ambiental”, afirmou.
A área afetada da Canaã era responsável pela atividade de industrialização dos recicláveis, e estava atuando há cerca de seis meses quando foi tomada pelo fogo. João afirmou ainda que mais de 300 toneladas de material reciclável eram produzidas por mês na empresa.
No entanto, João Luiz afirma que a intenção é voltar os trabalhos no local em até 90 dias. “Essa operação que foi impactada pelo incêndio, que será reconstruída, a gente estima que em 90 dias esteja operando novamente”, afirmou.
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1 Comentário(s).
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Dalbro 14.10.25 16h33 | ||||
Alvara so serve para arecadar. | ||||
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