Cuiabá, Quarta-Feira, 23 de Julho de 2025
TATUAGENS
18.05.2014 | 09h44 Tamanho do texto A- A+

Anvisa restringe uso de marcas no Brasil; tatuadores comentam

A falta de registro junto à Agência foi um fator determinante para decisão nacional

Rogério Pereira

Uso de tintas para tatuagens ficaram mais restritas no Brasil

Uso de tintas para tatuagens ficaram mais restritas no Brasil

YURI RAMIRES
DIÁRIO DE CUIABA
As opções de marcas de tinta para fazer uma tatuagem ficaram mais restritas no território brasileiro. Acontece que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou a suspensão de 14 marcas que atuavam no país. Segundo as informações que foram divulgadas no Diário Oficial da União (DOU), a falta de registro junto à Agência foi um fator determinante.

A ação começou em janeiro deste ano, a inspeção tinha como objetivo verificar a possível comercialização e uso de tintas para tatuagem de forma irregular, ou seja, sem registro. E resultado disso, foi a suspensão das marcas em caráter nacional.

Atuando há 28 anos como tatuar, Cicciolina conversou com o Diário e afirmou que isso não passa de uma briga de mercado. Segundo ele, todos os fabricantes usam o mesmo lugar para buscar o pigmento para a produção das tintas.

Agora, com a restrição, ele terá apenas três opções no mercado nacional para utilizar durante o trabalho e segundo ele, duas delas ele não possui nenhuma afinidade. “É complicado, pois a gente que trabalha e sabe como funciona. Dessas três marcas, tem uma que eu não gosto, pois há relatos de reação alérgica ao contato com a pele. A outra deixa a coloração fraca na pele após um tempo e por fim, a outra possui poucas opções de coloração”, ressalta.

Para o tatuador, é lamentável, pois algumas das marcas que foram suspensas produziam um produto de qualidade. “A vigilância sanitária deveria se preocupar com o tatuador que trabalha de forma ilícita, que vai à casa das pessoas de van, sem nenhum cuidado”, ressaltou.

Outro nome conhecido da tatuagem em Cuiabá também se revolta com a situação. O Guinho, tatuador há 20 anos, afirma que fiscalização tem um tom correto, mas que a suspensão foi um equívoco. O artista lembra que muitas marcas importadas também não possuem o selo da Anvisa, mas todo mundo usa.

Ele ressalta que é importante saber a procedência de produção, qualidade, mas não suspender sem apresentar um teste, uma explicação dos riscos químicos que o produto apresenta. Apesar disso, ele salienta que vai continuar o seu trabalho, e afirma que a maioria das tintas que utiliza no trabalho é importada. Guinho aproveitou para explicar que se as tintas suspensas oferecessem risco, elas teriam sido recolhidas dos estúdios por todo o país, mas estão apenas proibidas de serem comercializadas em território nacional. A Anvisa destacou que deve receber novos relatórios sobre o assunto e só depois disso novas medidas vão ser tomadas se necessário.

Mitos e verdades

O tatuador Guinho conta que a tatuagem ainda é vista como um tabu. “Tem gente falando que uma pessoa tatuada não pode fazer ressonância magnética por conta do ferro presente na tinta. O que a pessoa entende por ferro?”, lembra. O tatuador está trabalhando em uma ação informativa para que as pessoas saibam sobre os mitos e verdades da tatuagem definitiva.

Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).




Clique aqui e faça seu comentário


COMENTÁRIOS
1 Comentário(s).

COMENTE
Nome:
E-Mail:
Dados opcionais:
Comentário:
Marque "Não sou um robô:"
ATENÇÃO: Os comentários são de responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do MidiaNews. Comentários ofensivos, que violem a lei ou o direito de terceiros, serão vetados pelo moderador.

FECHAR

Paulo Lemmos  18.05.14 17h00
Tatuagem,e celular,são juntas a grande praga do milenio. "Horrivel".A humanidade esta sem rumo.
1
11