Após quase 7h de depoimento, pai e filha deixam delegacia em Cuiabá

Após quase sete horas de depoimento, o empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente que atirou acidentalmente e matou a amiga, de 14 anos, deixou a DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), acompanhado de seu advogado, Rodrigo Pouso, nesta terça-feira (14).

O episódio ocorreu no último domingo (12), no condomínio Alphaville 1, em Cuiabá. Na residência do empresário, os policiais encontraram sete armas, duas delas sem registros, o que levou a prisão de Marcelo em flagrante por posse irregular de arma de fogo. Ele foi solto após pagar fiança de R$ 1 mil.

Ele e a filha chegaram pouco antes de 14h para prestar esclarecimentos sobre a morte da garota, que foi atingida com um tiro na cabeça na casa da família.

A adolescente foi a primeira deixar a delegacia, pela portas dos fundos, por volta das 19h. A informação foi dada por um investigador que estava no local.

Já o pai, continuou na DHPP e terminou seu depoimento por volta de 21h. Ele saiu, entrou diretamente em um veículo e não quis dar entrevista.

Nesse primeiro momento, peço que respeitem, porque estão saindo muitas informações inverídicas

"Ela contou o que aconteceu, que não teve manuseio de arma, não teve brincadeira nenhuma. Nesse primeiro momento, peço que respeitem, porque estão saindo muitas informações inverídicas. São duas familias, duas crianças que eram amigas íntimas e as famílias estão extremamente abaladas", disse o advogado Rodrigo Pouso, que defende a família.

Ainda em conversa com a imprensa, o advogado enfatizou a tese de acidente e disse que todas as armas do empresário estavam legalizadas e que os dois armamentos que estavam em sua casa não pertenciam a ele. "Todos estão abalados, foi uma fatalidade", afirmou.

Entenda o caso

De acordo com a Polícia Civil, o caso aconteceu na casa da amiga da vítima. O corpo da garota foi encontrado no banheiro, já sem vida.

Em entrevista ao MidiaNews, o advogado Rodrigo Pouso Miranda, que defende a família da jovem que deu o disparo acidental, deu detalhes sobre o episódio.

Segundo ele, tudo começou quando ela atendeu ao pedido do pai para guardar um case - espécie de maleta - com duas armas, no andar de cima da casa.

O pai da adolescente e a filha praticam tiro esportivo.

Ela estava no andar de baixo e a amiga vítima do disparo estava na parte de cima, no banheiro de um dos quartos.

“Ela foi guardar a arma, que estava no case e assim que subiu foi chamar a amiga, que estava no banheiro. Neste momento que ela entrou, entre o banheiro e o closet, a maleta caiu, abriu e a arma ficou para fora do case. Ela se abaixou, pegou a arma e, quando tentava colocá-la de volta, ela disparou. Essa é a única verdade que existe”, explicou.

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