Apresentador rebate fala de prefeito: “Frio, coração de pedra“

O apresentador de TV Wésllen Tecchio, tio de uma criança que morreu supostamente por erro médico em Sinop, classificou como "lastimável" a fala do prefeito Roberto Dorner (Republicanos), sobre o pedido de afastamento da secretária de saúde do Município, Daniela Galhardo.

“Diante da fala lastimável [...], eu tenho que dizer uma coisa aos pais e mães de Sinop. Nós temos um prefeito frio, com o coração de pedra, esse é o prefeito que está à frente da Prefeitura de Sinop e que boa parte da população escolheu”, afirmou o apresentador.

A morte da menina, de 3 anos, é investigada como um possível erro médico e a profissional que fez o primeiro atendimento da menina foi afastada. No entanto, a Câmara de Vereadores solicitou também o afastamento da secretária para investigar o caso.

Em resposta, o prefeito alegou que a servidora não seria a responsável pelo possível erro no atendimento e que afastá-la neste momento se caracterizaria em uma “injustiça”.

“Criança morre em todo o lugar. Em Cuiabá morreram cinco crianças na Santa Casa e ninguém falou nada. Nós mandamos apurar os fatos e os culpados vão pagar por isso”, afirmou Dorner.

Para o apresentador, no entanto, a secretária deve sim ser investigada, uma vez que seria a responsável pela gestão e contratação de pessoal para atender nas unidades de saúde.

“A secretária do Município é culpada também. Por que o prefeito não a afastou? Porque criança morre em todo lugar. No seu pensamento criança morre em todo lugar, e por falta de estrutura, de atendimento digno e humano que vocês faltam oferecer a Sinop”, completou o apresentador.

Caso

A menina morreu no dia 8 de março após dar entrada em uma Unidade de Pronto Atendimento 24h com uma tosse seca.

Antes disso, na madrugada do dia 6 ela foi atendida e mandada para casa com uma receita de xarope expectorante.

A pequena não apresentou melhora e a família procurou novamente a unidade. Ela foi atendida, sedada e de lá não saiu com vida.

O delegado Hugo Ângelo Reck de Mendonça, que investiga o caso, pediu a exumação do corpo para apurar o possível erro médico. O procedimento foi feito no dia 17.

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