Aron acusa Dorileo de abuso de poder e tenta barrar chapa

O atual presidente da Federação Mato-Grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch, que tenta a reeleição no comando da entidade, entrou com um pedido de impugnação da candidatura de seu adversário, o empresário João Dorleo Leal, atual presidente do Mixto.

O dirigente acusa seu adversário de abuso do poder econômico. A eleição acontece no próximo sábado (3).

Em seu pedido, Aron diz que Dorileo pagou a dívida da Associação Camponovense Celeiro de Futebol (ACCF) junto à CBF, obrigando a equipe a apoiá-lo.

“Verdadeiramente a Chapa ‘Federação para Todos’, capitaneada pelo João Dorileo Leal, transmuda o voto em instrumento de comércio“, diz o documento.

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O empresário João Dorileo Leal, que tenta se eleger na FMF

“A Federação para Todos comprou diretamente a liberdade de escolha da ACCF, violando-se, desta forma, a normalidade e a legitimidade do processo eleitoral”.

De acordo com os advogados de Aron, causou estranheza o fato de que o pedido de inclusão da ACCF no colégio eleitoral não foi feito por ela própria, mas por um terceiro, no caso Antonio Eduardo Costa Silva, advogado da chapa de Dorileo.

“O artigo 18 do CPC reflete a impossibilidade de um terceiro (ou seja, alguém que não é a parte direta no processo) apresentar uma petição em nome de outra pessoa, sem que essa outra pessoa (o titular do direito) tenha autorizado essa representação. Este princípio é baseado na ideia de que cada pessoa deve defender seus próprios direitos, ou seja, é o princípio da legitimidade processual” argumenta o atual presidente da FMF.

Aron ainda traz um documento mostrando que o pagamento da inscrição do clube foi feito pela pessoa jurídica Agropecuária Lago do Sol – Eireli, que tem como sócio João Dorileo Leal.

“Não existe dúvida, pois, de que tais atitudes do candidato João Dorileo Leal compromete a legitimidade e a normalidade do pleito, dado que o eleitor que recebe a benesse ilícita, no caso, a ACCF, perde a condição de decidir o seu voto baseado nos valores verdadeiramente democráticos”, finaliza.