Arquiteta de 29 anos morre após complicações no pós-parto em MT

A arquiteta e urbanista Larissa Pompermayer Ramos, de 29 anos, morreu nesta terça-feira (18) em decorrência de complicações no pós-parto, em Cuiabá. 

Larissa sempre será lembrada por seu compromisso com a justiça social e sua dedicação às lutas do povo brasileiro

A filha da arquiteta sobreviveu e está saudável, conforme nota publicada pelo Partido dos Trabalhadores de Campo Novo do Parecis, cidade em que ela morava com a família. 

“A perda dessa jovem militante nos deixa profundamente abalados. Larissa sempre será lembrada por seu compromisso com a justiça social e sua dedicação às lutas do povo brasileiro. Em nome de todos os filiados e amigos do PT, desejamos conforto e paz aos familiares e amigos diante dessa perda irreparável”, diz trecho da nota. 

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) também lamentou a morte de Larissa e destacou a alegria e ideias potentes da jovem. 

“É com profundo pesar que recebemos a notícia do falecimento da arquiteta e urbanista, pesquisadora, mestranda e militante Larissa Pompermayer Ramos. Larissa era uma jovem cheia de vida, alegria e ideias potentes. E assim nos lembraremos dela. Tivemos a honra de poder conceder a Larissa, ainda em vida, uma moção de aplausos por sua contribuição ao movimento estudantil na União Estadual dos Estudantes (UEE-MT)”, afirmou Lúdio. 

Segundo a Polícia Civil, a vítima entrou em trabalho de parto no dia 02 de novembro em Campo Novo do Parecis. 

Ao chegar no hospital da cidade, Larissa não estava com dilatação suficiente para fazer o parto normal e o médico a induziu a passar pela cesárea, alegando que a vítima tinha o "quadril estreito". 

Após o nascimento da filha, a arquiteta permaneceu no quarto em recuperação. Três dias depois, no entanto, ainda internada, começou a sentir febre e dor no abdômen.

Após sete dias internada, foi informado que ela estava com uma infecção e iniciaram a medicação. 

Com o passar dos dias, o quadro de saúde da arquiteta foi se agravando e ela precisou ser transferida para Tangará da Serra. O quadro se agravou ainda mais, sendo necessário a intubação e o tratamento de hemodiálise. 

Em 13 de novembro, Larissa foi transferida para o Hospital Santa Helana, em Cuiabá, em estado grave. Ela  morreu às 5h45 desta terça-feira (18). 

Era um sonho

Em uma publicação no Instagram, Larissa compartilhou a gravidez e disse que sonhava em ser mãe. 

“Primeiro eu levei um susto, mas orei e entendi que essa criança veio para nos fazer prosperar e conquistar tudo que estávamos orando, veio nos fazer ter coragem de nos movimentar e seguir nossos sonhos. Quando um bebê surge em nosso ventre tudo muda e a vida agora pede para não deixar mais para amanhã e ir atrás hoje do que se precisa, agora não por mim ou pelo Gabriel, mas pela nossa família”, disse. 

O noivo da arquiteta, Gabriel Weber, afirmou em uma publicação no início da gravidez que ter Larissa como mãe da filha “me transborda de alegria”.

“Sei que ela crescerá rodeada pelo amor de mãe, pelos ensinamentos que você terá a passar e principalmente um exemplo de mulher que ela terá para seguir. Nosso amor transbordou e virou 3”, afirmou à época. 

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