Cuiabá, Quinta-Feira, 11 de Dezembro de 2025
REFLEXOS DA INTERVENÇÃO; VÍDEO
20.01.2023 | 16h23 Tamanho do texto A- A+

Auditor faz B.O. na Polícia contra controladora geral de Cuiabá

Os dois tiveram uma discussão acalorada na quinta-feira; ele reclamava de corte no salário

Reprodução

O servidor Edilson Roberto denunciou a controladora geral do Município Mariana Cristina

O servidor Edilson Roberto denunciou a controladora geral do Município Mariana Cristina

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O auditor da Prefeitura de Cuiabá, Edilson Roberto da Silva, registrou um boletim de ocorrência denunciando a controladora geral do Município, Mariana Cristina Ribeiro dos Santos.

 

O caso aconteceu nesta quinta-feira (19) na Controladoria Geral, local de trabalho do servidor.

 

Edilson chegou a filmar a discussão acalorada que teve com a controladora. 

Ah, isso vai para a mídia? Você espera para ver. Eu vou fazer um boletim de ocorrência contra você. Você está me ameaçando

 

O servidor diz que teria questionado o porquê das suas faltas não terem sido abonadas, uma vez que no período questionado ele prestava serviço para a equipe de intervenção da Saúde de Cuiabá.

 

“Você está fazendo assédio moral comigo”, ele diz apontando o celular em sua direção.

 

Ela reage dando dois tapas e dizendo: “Você não tem autorização para me filmar. Seu malandro, você me respeita”.

 

Um homem aparece de costas, em frente à controladora geral, tentando contê-la. “Calma aí, secretária”, ele diz.

 

“Isso vai para a mídia”, garante o servidor.

 

“Ah, isso vai para a mídia? Você espera para ver. Eu vou fazer um boletim de ocorrência contra você. Você está me ameaçando”, respondeu Mariana Cristina.

 

Edilson garante que não se tratam de ameaças. “Não estou não, não preciso disso, eu sou servidor efetivo”.

 

A controladora geral afirmou que não abonaria falta alguma, pois a intervenção tinha sido suspensa.

 

“Não vou abonar as suas faltas. Você falta, não quer trabalhar e quer receber”.

 

Edilson segue dizendo que tralhou e Mariana Cristina retruca: “Numa intervenção suspensa”.

A suspeita começou a gritar, ofender a vítima na porta da sala. A vítima fechou a porta e a suspeita seguiu a vítima nervosa ofendendo o mesmo

 

Ela se retira e diz querer testemunhas e que registraria um boletim de ocorrência sobre o caso.

 

O registro

 

Conforme o boletim de ocorrência registrado pelo servidor naquela mesma tarde, ele foi até a controladora geral para questionar o porquê de suas faltas não terem sido abonadas.

 

O boletim de ocorrência cita supostos crimes de, injúria, injúria real e desacato. 

 

O primeiro crime ocorre quando uma pessoa ofende a outra. Já a injúria real ocorre quando, para ofender ou desrespeitar alguém, o ofensor utiliza violência ou vias de fato. Já o desacato consiste na ofensa a servidor público.

 

“A suspeita começou a gritar, ofender a vítima na porta da sala. A vítima fechou a porta e a suspeita seguiu a vítima nervosa ofendendo o mesmo”, diz trecho do documento.

 

“Agrediu a vítima com dois tapas e tentou pegar o celular da vítima que estava filmando todo o fato”.

 

Segundo o servidor, no período em que constam as faltas, ele seguiu trabalhando e apresentou os resultados à Secretaria Municipal de Saúde.  


“No período suposto [da falta], foi registrado no meu ponto conforme o ocorrido, produzindo normativos de logística para medicamentos entregues à unidades de saúde e novo regimento interno para a Secretaria Municipal de Saúde”.

 

A controladora geral também registrou um boletim de ocorrência nesse mesmo dia, alegando, segundo a Polícia Civil, que seu colega a está “ameaçando no seu local de trabalho”.

 

A Prefeitura se manifestou por meio de nota. Leia abaixo:

 

"- Referente ao episódio registrado na tarde desta quinta-feira (20), na sede da Pasta, localizada na Avenida Mato Grosso, envolvendo a controladora- Geral esclarece que o servidor em questão foi notificado pelo setor responsável para comparecer em seu local de trabalho, em razão de vários dias de faltas injustificadas, medida esta que ele se recusava a cumprir;

 

- Por este motivo, o colaborador em questão vem intimidando alguns colegas, bem como a titular da CGM, caso houver o descontos destas faltas injustificadas em sua folha salarial;

 

- Neste momento, destaca que as medidas cabíveis, inclusive, administrativas já estão sendo tomadas, tanto no âmbito administrativo quanto através da Corregedoria Geral, bem como foi feito o registro da ocorrência pelos servidores, na Polícia Civil.

 

- A gestão destaca que após as averiguações, o fato será devidamente esclarecido à população cuiabana, primando pela transparência e veracidade das informações a serem divulgadas, respectivamente."

 

Veja:

 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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Carlos Eduardo   21.01.23 11h00
Cadê o TJ para decidir logo essa intervenção?
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Dora  21.01.23 08h51
Eu achei covardia dele ir falar com ela filmando ,pois se ele faltou tem que ser descontado . No serviço um superior não pode ser ameaçado como ela foi. Houve apena uma falha por parte da controladora pelo seu descontrole emocional.
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José   21.01.23 08h30
Se fosse na iniciativa privada esse servidor já estava na rua.
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Eloi Wanderley da Silva   20.01.23 20h53
Não concordo com nenhumas da partes, só apurações dos fato, não pelo procuradoria Geral do Município mais pelo MPE, para termos insenção, contudo prevalece a presunção de inocência.
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Rafael Prado  20.01.23 18h38
O auditor é servidor da prefeitura e não do estado. Se a intervenção foi suspensa, ele deveria ter voltado a trabalhar, mas apesar de ser notificado, preferiu abandonar o trabalho sem maiores justificativas. Um vídeo fora de contexto pode ser um perigo no tribunal da internet.
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