Cuiabá, Segunda-Feira, 17 de Novembro de 2025
ENTERRADA VIVA
25.06.2018 | 16h31 Tamanho do texto A- A+

Bebê indígena apresenta melhoras, mas estado ainda é grave

Aos 20 dias, bebê se alimenta por sonda e respira sem ajuda de aparelhos

Reprodução

Bebê está internada na Santa Casa de Misericórdia desde o dia 6 de junho

Bebê está internada na Santa Casa de Misericórdia desde o dia 6 de junho

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A recém-nascida indígena que foi enterrada viva pela bisavó, em Canarana (838 km de Cuiabá), apresentou melhora no estado de saúde neste fim de semana.

 

A menina, que é da etnia Kamayurá, nasceu no dia 5 de junho e foi enterrada logo em seguida pela avó e a bisavó. Ela foi encontrada por policiais e encaminhada para a Santa Casa de Misericórdia, em Cuiabá, no dia 6 de junho.

 

Desde seu nascimento, o bebê vem sendo alimentado por soro. Nesta segunda-feira (25) a alimentação da criança já passou a ser realizada por sonda.

 

Conforme o boletim médico, foi retirada a diálise peritoneal (instrumento para filtragem de sangue e retirada de água em excesso) da recém-nascida, que está com a função renal comprometida. Os médicos aguardam o resultado de exames para ver como a menina vai reagir nos próximos dias.

 

“A recém-nascida indígena ainda encontra-se estável, porém seu quadro ainda é grave por conta da função renal sem melhoras”, consta em boletim médico.

 

O caso

 

Segundo a investigação, a mãe da criança, de 15 anos, deu à luz no dia 5 de junho. O bebê foi enterrado no terreno da residência da família.

 

No local, a bisavó da garota confirmou o ato, dizendo que a criança teria nascido morta por ser prematura. Ela alegou que não comunicou a ninguém por ser este um costume da etnia.

 

Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio), ao assumir o expediente, soube do caso e avisou a polícia e o chefe da unidade. 

 

Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial para o trabalho da perícia técnica. Mas, ao escavarem, os policiais ouviram o choro do bebê.

 

No decorrer das investigações da Polícia Civil, foram colhidos depoimentos que apontaram que a família não aceitava a gravidez pelo fato de a adolescente ser mãe solteira.

 

A bisavó da criança está presa, e responde a um processo por ter articulado todo o processo para tentar matar a criança.

 

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