A recém-nascida indígena que foi enterrada viva pela bisavó, em Canarana (838 km de Cuiabá), apresentou piora no estado de saúde nas primeiras horas desta sexta-feira (8).
A menina, que é da etnia Kamayurá, chegou em Cuiabá na noite de quarta-feira (6) e foi internada na Santa Casa de Misericórdia.
Conforme o boletim médico, a piora no quadro se deu devido a deficiência respiratória da criança, que ficou por cerca de 7 horas soterrada, e agora respira por aparelhos.
Ela apresenta infecção generalizada, distúrbio de coagulação e ainda uma hemorragia digestiva - que exigiu uma transfusão de sangue na quinta-feira (7).
Ainda no fim da manhã desta sexta, o bebê passou por uma intervenção cirúrgica devido a hemorragia digestiva e a piora nas funções renais.
“Apresentou insuficiência em decorrência dos sangramentos digestivos e também piora das escórias renais. Ela passará por intervenção cirúrgica para passagem de cateter de tencoff para realizar diálise peritoneal”, diz trecho do boletim médico.
O caso
Segundo a denúncia, uma indígena de 15 anos teria dado à luz por volta do meio dia na terça-feira (5). O bebê foi enterrado no terreno da residência da família.
No local, a bisavó da garota confirmou o ato, dizendo que a criança teria nascido morta por ser prematura. Ela alegou que não comunicou a ninguém por ser este um costume da etnia.
Uma enfermeira da Casai (Casa de Saúde do Índio), ao assumir o expediente, soube do caso e avisou a polícia e o chefe da unidade.
Em decorrência do tempo, o local foi isolado pela equipe policial para o trabalho da perícia técnica. Mas, ao escavarem, os policiais ouviram o choro do bebê.
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