LISLAINE DOS ANJOS
DA REDAÇÃO
Considerada a principal causa de morte por câncer entre as mulheres, o câncer de mama estará presente na vida de quase 55 mil mulheres apenas em 2013 e será responsável pela morte de 12 mil delas em todo o país, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca).
Em Mato Grosso, as estimativas também são altas. Segundo o mastologista Aguiar Farina, o Estado deve registrar de 600 a 700 casos de câncer de mama até o final do ano, sendo que aproximadamente 25% das mulheres afetadas deverão morrer em decorrência da doença.
Visando difundir a importância do autoexame e da realização da mamografia para o diagnóstico precoce da doença – o que culmina, consequentemente, em maior chance de cura –, teve início nesta semana mais uma edição do “Outubro Rosa”.

"O medo de fazer o autoexame, de se tocar e descobrir que você tem o câncer é que está matando as mulheres. Ter medo não vai eliminar o câncer"
O movimento é mundial e, em Mato Grosso, é coordenado pela Associação de Apoio a Pessoas em Tratamento ou Pós-Tratamento de Câncer de Mama (MTmamma), que hoje atende a 75 mulheres e possui 115 voluntários.
A presidente da associação, Jusci Ribeiro, afirma que a ação social é necessária para alertar a população feminina e que, anualmente, culmina no aumento da procura pelo exame no Estado. Essa é a época do ano, também, em que muitas mulheres acabam por descobrirem estarem com a doença.
Ao
MidiaNews, ela afirmou que não falta informação à população, mas sim consciência e coragem para enfrentar a doença.
“O medo é que está fazendo com que as pessoas estejam morrendo de câncer. Porque a informação está chegando. E durante o Outubro Rosa, a informação é divulgada muito rápido, porque todos abraçam essa causa. Mas o medo de fazer o autoexame, de se tocar e descobrir que você tem o câncer é que está matando as mulheres. Ter medo não vai eliminar o câncer”, disse.
Outra desculpa muito dada pelas mulheres para a não realização da mamografia, segundo Ribeiro, é a dor que o exame provoca.
“O câncer de mama dói muito mais. Ele não escolhe classe social, idade, nada. Qualquer pessoa, por mais que a família não tenha predisposição, pode desenvolver a doença”, afirmou.
Mastologista que também atende pela rede pública, Farina alertou que não existe uma idade específica para se iniciar os cuidados contra a doença.
Pedro Alves/MidiaNews
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Igreja de Nossa Senhora Auxiliadora foi iluminada de rosa para marcar início da campanha
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“O autoexame é muito importante, pelo menos uma vez por mês. Se notar alguma diferença, procurar um médico. O autoexame não tem idade e é bom que a mulher acostume a fazer, porque ajuda a detectar alterações. O exame médico também deve ser feito uma vez por ano. O médico tem que examinar e apalpar a mama. Para as mulheres acima de 40 anos, a mamografia é obrigatória uma vez ao ano também”, orientou.
O médico também falou que é necessário se derrubar o mito de que apenas as famílias que já tiveram casos de câncer é que tem propensão a desenvolver a doença.
“Há famílias que têm alteração genética sim, mas isso ocorre em torno de 5% a 10% dos casos. A maioria é erro celular do acaso. 90% das vezes é o que a gente chama de câncer esporádico, porque surge naquela pessoa por um erro celular, mas não tem tendência genética”, explicou.
Outro “mito” que já ocasionou na morte de 117 homens em todo o Brasil no ano passado é de que eles estão “livres” do câncer de mama.
“Um homem a cada 100 mulheres pode desenvolver câncer de mama. É bem pouca a ocorrência nos homens. O tratamento é o mesmo e o autoexame também é importante. Não existe programa de prevenção do câncer de mama com mamografia para os homens, porque eles têm uma mama atrofiada e é muito fácil perceber algo estranho se autoexaminando. O exame médico também é importante para eles, durante o check-up anual”, disse.
Fila de espera
Quem depende do Sistema Único de Saúde (SUS) está acostumado a longas filas de espera para a realização de consultas e exames. No entanto, isso não existe na Capital quando o assunto é exame de mamografia, segundo a coordenadora de Educação e Saúde do Programa de Saúde da Mulher da Secretaria Municipal de Saúde, Mikaelle Taques.
Pedro Alves/MidiaNews
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Mikaelle Taques, da Secretaria de Saúde de Cuiabá: sobram exames; falta consciência
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“O problema não é cota [mensal de exames]. Estamos tendo dificuldades em preencher essas cotas. Estamos incentivando os profissionais médicos a solicitarem [os exames] e muitas vezes, o que acontece também, é que a paciente esquece e não comparece ao exame. Falta conscientização”, disse.
Ela alertou da necessidade dos pacientes manterem seus dados cadastrais atualizados junto à unidade básica de saúde que frequentam, para que a Central de Regulação possa localizá-los e lembrá-los do exame.
“O que mais ocorre são problemas de contatos não atualizados. A central liga para a paciente para avisar do exame e ela não tem mais aquele número informado no cadastro.Aí ela perde a vez e precisa começar o processo todo de novo”, explicou.
De acordo com Taques, já foram realizados 6.636 exames de mamografia em Cuiabá este ano – número considerado baixo, principalmente quando comparado com o total de 2012, quando 15.393 exames foram feitos.
“Aqui os exames são feito no Hospital Universitário Júlio Muller, na Radioclínica Cuiabá e na Medclin”, disse.
A coordenadora explicou que, do pedido do exame até à data de realização do mesmo, o prazo máximo é de 20 dias. Devido à campanha do Outubro Rosa, aumenta-se a procura pelos exames, mas o objetivo do Município é que a prevenção seja uma constante na vida da população feminina.
Na rede pública, a mamografia pode ser feita pelas mulheres com idade acima de 40 anos. Com idade inferior, mas com histórico de câncer na família, o exame coberto pelo SUS é da ultrassonografia da mama.
“A cota mensal para a realização de mamografia apenas em Cuiabá é de 2.850 exames e não há filas de espera. Até mesmo sobram exames”, disse.
Pedro Alves/MidiaNews
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Karina Costa Marques, da Secretaria Municipal de Saúde: há especialistas e mamógrafos novos na rede pública
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Segundo Taques, no ano passado, dentre as mamografias realizadas, 118 apresentaram alguma alteração. Este ano, já foram diagnosticadas alterações em 23 exames realizados na Capital.
Quando a alteração é diagnosticada, é realizado o exame de biópsia para diagnosticar se trata de um tumor benigno ou maligno.
Os homens também podem fazer ultrassom, mas a incidência é muita pequena e os casos na Capital não chegam a dois por ano, de acordo com a coordenadora.
No caso do câncer ser detectado, o paciente retorna à unidade básica de saúde onde foi solicitado o exame da mama para que a Central de Oncologia seja acionada para regular o paciente e encaminhá-lo para tratamento adequado no Hospital de Câncer de Mato Grosso.
Especialistas na rede
A coordenadora especial de Rede Assistencial de Serviços Especializados da Secretaria de Saúde da Capital, Karina Costa Marques, afirmou que a rede pública de saúde de Cuiabá conta com dois médicos mastologistas (Luiz Fernando e Aguiar Farina), especialistas em câncer de mama, que atuam no Centro de Especialidades Médicas (CEM), localizado na Avenida Getúlio Vargas.
“Os mamógrafos que nós temos na rede pública são novos e o que falta mesmo é consciência da população. São feitas várias palestras nas unidades de saúde, alertando a população para a necessidade de fazer o exame preventivo ao menos uma vez ao ano”, disse.
Segundo ela, o SUS também conta com cirurgiões plásticos na rede, para a realização apenas de cirurgias reparadoras, não estéticas.
“Oferecemos a mastectomia [retirada total ou parcial da mama] e a cirurgia reparadora, com a colocação de próteses”, disse.
Arquivo Pessoal
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Joalidia Lima: "As pessoas até hoje têm preconceito e acham que você vai morrer"
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“Por que eu?”Descobrir que se tem câncer de mama causa um choque e reações diversas nas pessoas. Três mulheres que venceram a doença compartilharam com a reportagem suas experiências e a luta que empreenderam para vencer a doença.
Nenhuma delas aparenta ter passado por dias difíceis para superar as adversidades da doença e todas são unânimes aos afirmar que, para dar a volta por cima, é preciso não se entregar à doença.
Atualmente com 57 anos, a aposentada Joalídia Maria da Silva Lima fazia mamografia anualmente, desde quando completou 40 anos. Sem histórico de câncer na família, ela se assustou quando, em 2010, descobriu um nódulo escondido atrás do mamilo do seio direito. O exame apontava que as chances de se tratar de câncer eram de 95%.
Confirmada a doença, ela deu início ao tratamento em outubro de 2010, com quatro sessões de quimioterapia. Em dezembro do mesmo ano, encarou a cirurgia de mastectomia total da mama. Posteriormente, enfrentou mais quatro sessões de quimioterapia e outras 28 de radioterapia, encerrando o tratamento em junho de 2011.
O segredo para passar por tudo isso bem, segundo ela, foi trabalhar o psicológico.
“Em nenhum momento eu me curvei para a doença. Coloquei na minha cabeça que não era isso que ia me derrubar ou me matar. A minha família ficou mais desesperada do que eu, mas depois que viram que eu não estava chorando pelos cantos, eles se animaram também e me apoiaram muito”, contou.
Arquivo Pessoal
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Maria da Paz Sabino: apoio psicológico e familiar foi o mais importante na recuperação
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A aposentada conta que não sentia nada antes de descobrir a doença e tampouco sofreu com os efeitos colaterais do tratamento, como enjoos e dores. Ela disse que perdeu os cabelos, cílios, sobrancelhas e todos os demais pelos do corpo, mas que colocava um lenço na cabeça e saía para a rua normalmente.
“Eu não me incomodei. As pessoas até hoje têm preconceito. Elas olham as pessoas com câncer de ‘atravessado’, já querendo se afastar porque acham que você já vai morrer. Hoje meu cabelo já cresceu normalmente e já até cortei ele três vezes”, disse, entre risos.
Joalidia contou que hoje se sente curada, se dedica a trabalhos manuais, participa da MTmamma, mas que ainda não fez o implante da prótese no seio.
“O médico aconselhou esperar mais um pouco, porque estou fazendo exames para saber a razão pela qual o tumor surgiu. O meu não foi genético, foi por excesso de hormônio. Hoje eu tomo medicamento para estabilizar os hormônios e vou continuar tomando por cinco anos. No fundo você pensa, ‘por que eu?’. Mas eu acho que foi uma forma de Deus me fazer repensar a minha vida”, disse.
Outra vencedora é Maria da Paz Sabino, 45, residente em Sinop (505 km ao Norte de Cuiabá), que foi diagnosticada com câncer de mama aos 41 anos de idade, durante o estágio inicial da doença.
O seio afetado foi o esquerdo e ela precisou passar por três cirurgias para a retirada do tumor que tinha menos de um centímetro. As dificuldades no tratamento, porém, fizeram com que o médico optasse pela mastectomia total. Nesse momento, segundo ela, o apoio psicológico e familiar foi o que mais a ajudou.
“Foi um susto muito grande. Pensei que fosse morrer. Antes de iniciar o tratamento, fiquei muito triste e abatida. Procurei um psiquiatra, passei a tomar remédios e corri em busca do tratamento adequado para a doença, fiz tudo o que os médicos mandaram. Depois das cirurgias, fiz sessões de análise com uma psicóloga e tive muito apoio familiar. Tudo isso foi importante para a minha recuperação”, disse.
Pedro Alves/MidiaNews
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Cássia Pardo: encontrou na MTmamma uma nova atividade e hoje borda camisetas
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Maria já havia tido casos de câncer na família, mas nunca pensou que sofreria com a doença. Hoje, ela atua em uma associação que luta para alertar as pessoas da importância do diagnóstico precoce da doença.
“É importante lembrar sempre que qualquer pessoa pode ser vítima da doença e que, infelizmente, não tem como prevenir. A solução é descobri-la precocemente, pois assim aumentam as chances de cura e diminuem as dores e sofrimentos”, afirmou.
O apoio da família e de um grupo de apoio psicoterapêutico oferecido pela MTmamma também foram os principais pilares na recuperação de Cássia Pardo, 46, que descobriu a existência de um pequeno nódulo no seio aos 39 anos.
Apesar dos exames de mamografia e a biópsia apontarem que se tratava de um tumor benigno, o nódulo passou a aumentar de tamanho, o que fez com que o médico optasse por retirá-lo. Ao fazer uma nova biópsia, verificou-se que era maligno.
“A opção que eu tinha era tirar a mama, para evitar o óbito. Eu tirei a mama com 40 anos”, contou.
Cássia, que trabalhava como cabeleireira se viu afastada do trabalho em decorrência do tratamento, que consistiu em seis sessões de quimioterapia e 28 de radioterapia. Hoje ela não toma medicamento algum e faz apenas o tratamento de acompanhamento, para evitar o retorno do câncer.
“Quando retirei a mama, eu entrei em depressão. Para aceitar, na época, foi bem difícil, porque eu estava no auge da minha vida, trabalhando e ganhando bem, quando o médico me mandou parar de trabalhar. Foi um choque para mim”, disse.
Durante o tratamento no HCâncer, ela conheceu uma psicologia, que a convidou para participar das reuniões psicoterapêuticas na associação.

"No fundo você pensa, ‘por que eu?’. Mas eu acho que foi uma forma de Deus me fazer repensar a minha vida"
“Em casa, como meu marido e minhas filhas trabalhavam fora, eu não gostava de ficar reclamando, então eu guardava muito o que sentia para não magoar ninguém. Quando eu vinha para as reuniões em grupo, falava tudo que estava sentindo. Para mim, o grupo foi muito importante. As pessoas falam abertamente da doença, o que é bom porque em casa você não tem essa liberdade”, relatou.
Casada há 30 anos e mãe de três filhas, ela contou que nunca teve histórico de câncer na família e que o principal a se fazer na luta contra a doença é não se focar no câncer e não desistir do tratamento.
“Não adianta ficar com medo e não procurar o médico. Porque se tiver um nódulo, ele vai continuar ali, crescendo. Nunca devemos nos entregar à doença. Você pode ter câncer, mas pode não morrer de câncer. Já tem seis anos que venci isso. Não sei se estaria pronta se voltasse, mas tento viver normalmente, sem pensar na doença”, disse.
Hoje ela se dedica ao trabalho de bordar camisetas, tendo assinado algumas das peças que estão sendo vendidas pela associação durante o mês de outubro para arrecadação de fundos para a MTmamma.
MTmammaAlém de ser um período de alerta para a doença, a campanha do Outubro Rosa também visa a arrecadação de recursos para manter a associação que auxilia as mulheres vítimas do câncer de mama.
Pedro Alves/MidiaNews
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Voluntárias e assistidas mostram camisetas que foram customizadas para serem vendidas durante a campanha
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A presidente conta que o que é arrecadado durante a campanha é o valor suficiente para que a MTmamma quite seus débitos junto aos colaboradores, pague o aluguel da casa onde funciona a sede, no Jardim Petrópolis e quite com as despesas mensais que a associação tem, uma vez que tudo que é oferecido às assistidas é gratuito.
Criada em 2008 e efetivada em 2009, a MTmamma trabalha com duas frentes: o pré e o pós-diagnóstico.
Os trabalhos do pré-diagnóstico consistem em campanhas educativas, onde uma equipe de voluntários da associação – inclusive médicos – participam de palestras para levar informações básicas a respeito da importância do diagnóstico precoce.
Normalmente, a MTmamma leva também uma assistida para dar seu depoimento de superação e um voluntário que fala sobre a associação e convida as pessoas a participarem.
Já na sede da MTmamma são desenvolvidos os trabalhos de pós-diagnóstico, que vão desde terapias alternativas e complementares ao tratamento médico até promoção de oficinas diversas, que auxiliam na melhora da autoestima das assistidas e até mesmo se tornam fontes de renda extra.
“Grande parte delas sai do mercado de trabalho, devido ao tratamento, e não possui outra forma de gerar renda. Aí nós temos bate-papos mensais onde ensinamos auto maquiagem, culinária saudável, yoga, meditação, charme dos lenços, como fazer ovos de páscoa, cupcakes e customização, ou seja, uma série de coisas que as assistidas podem fazer na vida delas”, explicou a presidente da associação.
Além do grupo psicoterapêutico, que conta com duas psicólogas da área da oncologia que ficam em uma área reservada apenas com as assistidas, dentre as terapias estão a hidroginástica, dança do ventre, body talk, terapia prânica, yoga, entre outras.
Pedro Alves/MidiaNews
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Banco de perucas, lenços e chapéus, na MTmamma: objetivo é recuperar a autoestima
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“São atividades para melhorar a autoestima dessas mulheres que chegam aqui sem esperança, debilitadas, muitas com depressão ou tendências suicidas”, disse Ribeiro.
Para auxiliar a associação, as pessoas podem se associar e pagar uma taxa mensal, autorizando débito em conta corrente, por exemplo. Quem quiser contribuir, mas não se associar, pode doar quantias não fixas e sem obrigatoriedade mensal.
Programação do Outubro RosaSegundo a presidente, a MTmamma está promovendo seus produtos customizados durante todo o mês de outubro no Pantanal Shopping.
“Tratam-se de camisetas e chaveiros customizados pelas assistidas e voluntários. Nenhuma camiseta é igual a outra”, afirmou.
No dia 12 de outubro, a partir das 7h, será realizada a caminhada em prol da saúde das mamas no Parque Mãe Bonifácia, com a presença de profissionais da saúde para aferir pressão e medir glicose dos presentes e distribuição de camisetas e bonés da campanha. A expectativa é de que a caminhada reúna de 300 a 500 pessoas.
No dia 25, a associação estará na Praça da República, onde será realizada uma pequena ação global, com participação de profissionais da beleza e da saúde para atender à população, presença de dançarinos e cantores e dos voluntários vendendo os produtos customizados.
Também haverá panfletagem e orientação das mulheres – com o auxílio de um modelo didático chamado “mama amiga” – sobre a importância do autoexame e como ele deve ser feito.

"O objetivo do evento é celebrar a vida, porque sabemos que o nosso grito de alerta chegou a milhares de pessoas"
A programação do “Outubro Rosa” se encerra no dia 9 de novembro, com a realização da “Macarromamma”, no Cenarium Rural, a partir das 20h. Os convites custam R$ 75 e já estão à venda na sede da associação e no Shopping Pantanal.
“O objetivo do evento é celebrar a vida, porque sabemos que o nosso grito de alerta chegou a milhares de pessoas. O número de pessoas que procuram informações e buscam fazer o exame devido à campanha aumentam muito nessa época”, afirmou Ribeiro.