Será enterrado nesta segunda-feira, em Minas Gerais, o corpo do capitão do Exército, Rodrigo Eupídio da Silva. Ele foi mais uma vítima da intolerância. O oficial levou três tiros depois de uma discussão banal, em Cuiabá.
Rodrigo Eupídio da Silva, 33, deixou mulher e dois filhos. O capitão do Exército fazia parte do 44º Batalhão de Infantaria Motorizada em Mato Grosso. Ele atuou na missão brasileira de Paz da Organização das Nações Unidas (ONU), no Haiti. O militar passou cerca de um ano em solo estrangeiro, ajudando a manter a paz naquele país.
O capitão foi velado no domingo (15) no Quartel General onde trabalhava. Parentes e amigos prestaram as últimas homenagens ao militar. Abalada a família preferiu não gravar entrevista. A Polícia Civil já abriu um inquérito para apurar o caso. O Exército também informou que vai investigar o crime. Segundo o capitão do Exército, Mário Lúcio Maia, será feito uma sindicância para apurar as reais causas da morte.
O aspirante da Polícia Militar, Marcos do Carmo Assunção, pediu a ajuda das pessoas nas investigações. "Quem tiver alguma informação sobre este caso, pode nos ajudar, por meio do disque denúncia: 0800-653939 e não precisa se identificar", disse o aspirante da polícia.
O crime
De acordo com testemunhas o crime foi motivado por uma simples discussão de trânsito. O capitão do Exército estava parado em frente a uma casa, onde participaria de uma festa, quando um carro vermelho, com três homens dentro, bateu no retrovisor da moto dele. Nervoso, o militar teria gritado com os jovens. Em seguida um dos ocupantes do veículo teria disparado três tiros em Rodrigo.
O acusado
O acusado ainda não foi identificado e fugiu após efetuar os disparos. Segundo a Polícia Militar os tiros foram dados de dentro do carro. A vítima chegou a dar entrada no hospital Jardim Cuiabá com vida, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu logo em seguida. A causa da morte, de acordo com o Instituto Médico Legal (IML), foi choque hipovolêmico.
Os peritos informaram que as balas, provavelmente de um revólver calibre 38, atingiram a vítima no abdômen (próximo ao coração/na altura do estômago); braço esquerdo e o ombro direito (clavícula).
A vítima morava na Vila Militar, próximo ao local onde ocorreu o crime e atuava há três anos no 44º Batalhão em Cuiabá.