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DESTRUIU FAMÍLIA
28.11.2023 | 10h12 Tamanho do texto A- A+

Chinelo e falha no cabelo: as provas que incriminaram maníaco

Os corpos de mãe e três filhas foram encontrados na manhã de segunda-feira (27) dentro de casa

Reprodução/JK Notícias

O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos (detalhe), que foi preso em obra

O pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos (detalhe), que foi preso em obra

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Para chegar ao paradeiro do autor da chacina de mãe e filhas, descoberto na manhã de segunda-feira (27) em Sorriso, a Polícia Civil percorreu uma sequência de pistas que levaram ao nome do pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos.

O calçado do rapaz deu uma combinação perfeita com uma mancha de pegada de sangue no local do crime

 

Depois de preso ele confessou a autoria do crime e deu a sua versão de como os fatos aconteceram.

 

Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, e as filhas dela Miliane Calvi Cardoso, de 19, e as duas menores de 13 e 10 anos foram assassinadas de forma cruel entre a noite de sexta-feira (24) e a madrugada de sábado (25), após terem a sua casa invadida, no Bairro Florais da Mata.

 

As polícias Civil e Militar, logo nos primeiros momentos, começaram a investigar uma obra em construção vizinha à residência das vítimas.

 

Nesse meio tempo, chegaram às autoridades a denúncia de que um homem que trabalhava na obra tinha passagens por estupro, tentativa de homicídio e latrocínio. 

 

“Descobrimos que um deles tinha histórico de crime sexual e mandado de prisão em aberto. Sem informar isso ao preso, iniciamos uma serie de entrevistas com todas as pessoas e, ao perceber que o cidadão estava faltando com a verdade e entrando em contradição, nos começamos a pressioná-lo”, explicou o delegado Bruno França, responsável pela investigação.

 

Durante essa entrevista, a Polícia descobriu que Gilberto estava morando na obra. E, depois disso, uma pegada de chinelo colocou o pedreiro na cena do crime.

 

“A gente solicitou que as pessoas entregassem seus calçados e o do rapaz deu uma combinação perfeita com uma mancha de pegada de sangue no local do crime”, disse França.

Reprodução

chacina sorriso

Vítimas durante passeio em família

 

Outra prova que indicava o pedreiro como autor da chacina era uma falha no seu cabelo.

 

“Percebeu-se ainda que ele tinha uma falha no cabelo e, considerando que a vítima tinha arrancado muito cabelo do agressor, nós confrontamos ele com as informações e ele imediatamente já confessou ser o autor do crime”.

 

Quase que como um criminoso em série, Gilberto levou da cena do crime roupas íntimas das suas vítimas, como uma espécie de souvenir.

 

"Chegando na delegacia ele confessou o crime e entregou as roupas que usou para cometê-lo. [Também] entregou as roupas íntimas das vítimas que havia levado como souvenir e apontou qual seria a faca do crime", explicou o delegado.

 

A versão dele, de que cometeu o crime sozinho, ainda é investigada pela Polícia. Exames periciais apontarão a dinâmica de como tudo aconteceu, que confrontará a versão do autor.

 

“Ele narrou a versão dele de como o crime teria ocorrido, confessa os homicídios e os estupros das vítimas a cena realmente é muito pesada”, disse.

 

"Temos que ver se tinha mais gente envolvida, se ele realmente fez isso sozinho, se existe algum tipo de comparsa. No momento, o que nós temos é uma tragédia”.

 

Três das vítimas foram esgorjadas, e a menor de 10 anos asfixiada de forma manual. Das quatro, três delas foram estupradas.

 

Ao fim do depoimento na delegacia na tarde desta segunda-feira (27), Gilberto foi transferido para o presídio Ferrugem, em Sinop, após receber ameaças de linchamento da população que se revoltou com o crime.

 

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Joseneto  28.11.23 13h48
Pois e esses condomínios tem a maior burocracia do mundo, porém tem muitas pessoas que trabalham nessas obras que escondem seus passados. Eu acho que como eles tem o cadastro de todos prestadores que entram, não custa averiguar seus autorizados junto a secretária de segurança de sua localidade. Pode evitar muitos problemas.
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Ana  28.11.23 13h12
Se tivesse sido preso no primeiro crime que ele cometeu, essa família estaria viva. Onde a segurança falhou?
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Ana  28.11.23 13h09
Penso como a Deputada Janaina Riva, com tantos crimes bárbaros frequentes no Brasil, e que tem aumentado em Mato Grosso, eu também defendo a pena de morte. Mas poucos dos nossos representantes tem coragem de se posicionar nesses casos.
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