Cuiabá, Sexta-Feira, 25 de Julho de 2025
FAMÍLIA PEDE AJUDA
21.01.2025 | 14h15 Tamanho do texto A- A+

Com morte cerebral, grávida é mantida viva para salvar bebê

Joyce Souza de Araújo, de 21 anos, passou mal após o rompimento de um aneurisma

Montagem/MidiaNews

Joyce Souza de Araújo (detalhe) está na Santa Casa de Rondonópolis

Joyce Souza de Araújo (detalhe) está na Santa Casa de Rondonópolis

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

A gestante Joyce Souza de Araújo, de 21 anos, teve sua morte cerebral constatada após sofrer a ruptura de aneurisma não diagnosticado, no dia 1º de janeiro em Jaciara. Joyce é natural de Araguaína (TO), e se mudou com o esposo e as filhas de 7 e 3 anos para Mato Grosso em julho de 2024.

Os médicos confirmaram que ela não respondia, então ligaram para Rondonópolis, no Hospital Santa Casa

 

Ao MidiaNews, João Matheus Barbosa da Silva, de 23 anos, esposo de Joyce, relatou que ela fazia acompanhamento gestacional na cidade e até o fatídico dia, nada indicava que houvesse alguma condição anormal em seu cérebro. 

 

No dia 20 de dezembro de 2024, segundo ele, Joyce, que estava grávida de 5 meses, acordou, se arrumou para pegar os exames de rotina no hospital, mas começou a sentir muitas dores de cabeça. Assim, eles pediram uma corrida por aplicativo, e quando chegaram à unidade de saúde, ela desmaiou.

 

"Ela perdeu os sentidos, já não respondia. Os médicos confirmaram que ela não respondia, então ligaram para Rondonópolis, no Hospital Santa Casa, e conseguiram uma vaga para ela na UTI, só tinha uma vaga. Quando chegou lá, eles constataram que tinha rompido o aneurisma, que ninguém sabia", disse João.

 

"Nos dias seguintes ela não melhorou, fizeram uma cirurgia, mas uns dias depois nos novos exames, por volta do dia 1º de janeiro, os médicos deram a morte cerebral". Após isso, os médicos decidiram manter Joyce viva pelos aparelhos, para que a gestação continue e o parto seja realizado o mais próximo do sétimo mês.

 

"Eu conversei com médico aqui hoje, agora há pouco. Ele falou que pode ter a possibilidade de acontecer antes, de ter alguma infecção nela e precisar tirar antes o bebê, mas também pode acontecer depois. Se ela tiver bem, vamos tentar aguentar chegar pelo menos ao sétimo mês", informou João.

 

"Eu vou ter que levar ela, mas eu vou ter que voltar, porque o bebê vai ficar aqui no hospital, no enturbador. Eu vou ter que voltar, ficar cuidando dele, mas eu vou ter continuar trabalhando. Sei que não vai ser fácil, mas vou ter que ter força".

  

Com a morte cerebral constatada, a família de Joyce abriu uma vaquinha para que, quando os aparelhos sejam desligados, o corpo dela seja transladado para sua cidade natal, no Tocantins. O valor necessário, segundo ele, é de R$ 22 mil. 

 

Entretanto, como a família espera que o bebê nasça prematuro, a quantia arrecadada também será destinada aos cuidados do recém-nascido, que precisará ficar entubado na UTI neonatal da Santa Casa.

 

O Pix para receber as doações é 636.426.643-69, em nome de Bela Borges da Silva, irmã de João. No perfil do Instagram de Bela, que pode ser acessado AQUI é possível saber outros detalhes sobre o caso.

 

Mudança para MT

 

João contou à reportagem que conseguiu um emprego na construção da ferrovia estadual, da empresa Rumo Logística S.A., e veio para Jaciara sozinho. Depois que alugou uma casa e a mobiliou, ele trouxe Joyce, as duas filhas e a irmã da esposa, de 15 anos, para ajudá-la a cuidar das crianças.

 

João e Joyce iriam completar em 2025 sete anos de relacionamento, que lhes rendeu duas filhas biológicas, e a mais velha, que foi adotada por ele quando tinha 1 ano. Eles buscavam melhores oportunidades, e decidiram que em Mato Grosso a vida poderia ser melhor.

 

"Nós saímos em busca de melhora, de oportunidade. Um casal novo. E queríamos isso, que nós conseguíssemos nossas coisas, mas não foi da vontade de deus que ela estivesse entre nós", disse ele no vídeo publicado nas redes sociais.

 

 

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