Crianças de um projeto social de Sorriso estão em Orlando, na Flórida, participando de um torneio internacional de flag football, um esporte devivado do futebol americano, mas menos violento e com menor impacto.
O grupo conta com 10 meninos e meninas de 10 a 12 anos de uma escola pública que participam do projeto social do Sorriso Hornets, um time de flag football do município.
Eles estão participando do International NFL Flag Championships 2025, competição mundial de Flag Football sub-12. O evento, que começou na sexta-feira (31) e termina neste domingo (2), recebe equipes de 13 países.
“As crianças que estão aqui em Orlando vieram da Zona Leste de Sorriso, de escola pública. Isso é o mais bacana do projeto”, comenta Ângelo Santos, presidente do Sorriso Hornets.
“Elas são da periferia e estão hoje vivenciando através do esporte uma cultura nova, conhecendo um país diferente, pessoas diferentes... Essas crianças estão tendo uma inclusão que talvez não conseguiriam ter se não estivessem no projeto, ou mesmo nas escolas”, comemora o presidente.
No flag football, os atletas não têm contato físico, o que dispensa equipamentos de segurança e deixa a prática mais segura e acessível do que o futebol americano. A modalidade é como um rouba-bandeira, com ganho de território.
Ângelo também salienta o valor que o projeto dá à educação dos participantes. Todas as crianças inseridas precisam estar matriculadas em uma escola e acompanhadas por meio do boletim escolar.
O Sorriso Hornets é um time de flag football que atende cerca de 450 crianças e adolescentes entre 8 e 17 anos em um projeto social. São oito polos distribuídos em Sorriso, Lucas do Rio Verde e Nova Mutum.
Competição
O evento faz parte da Pro Bowl Games, conhecido como o jogo das estrelas da National Football League (NFL). A NFL é a principal liga de futebol americano do mundo.
As equipes são formadas por cinco jogadores, que tentam avançar com a bola até a zona final adversária, marcando os pontos, chamados touchdowns.
O objetivo de cada time é marcar os touchdowns e evitar que os adversários avancem pelo seu lado do campo. Os atletas usam uma fita presa à cintura, e os adversários conseguem parar a jogada ao pegá-la. No futebol americano os atletas precisam ser derrubados para parar a jogada.
No primeiro dia de competição (31), o Hornets joga na fase de grupos contra as equipes do Japão, Grã-Bretanha e Nova Zelândia. Se o time for um dos melhores classificados, passa para as oitavas de final e avança consecutivamente, até a final.
Para chegar à competição internacional, o time precisou ganhar o regional do Centro-Oeste e o nacional.
Este é o segundo ano que o Brasil participa da competição.
“No ano passado o time de São Paulo foi campeão e representou o Brasil. Neste ano somos nós. A gente está descentralizando isso, que é o mais legal dessa inclusão. Não é só Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais que estão representando o Brasil. Estamos no interior de Mato Grosso e estamos trazendo essas crianças para cá”, diz Ângelo.
Custos
A NFL custeou a ida dos 10 atletas, dois treinadores e uma assistente social com passagem aérea, alimentação e hospedagem.
O Hornets teve apoio da Prefeitura de Sorriso, população e empresários locais para gastos com uniformes, vestimenta de frio para as crianças e para a ida do staff (profissionais de apoio do time).
“É isso que temos que fazer enquanto projeto social, dar essa oportunidade para as nossas crianças, para que elas com toda essa experiência que estão vivenciando aqui possam levar para a vida delas. Acredito que isso aqui vai ser algo inesquecível para elas”, finaliza Ângelo.
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