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NOITE CUIABANA
03.08.2016 | 17h10 Tamanho do texto A- A+

Crise faz bar "Chorinho" encerrar suas atividades em Cuiabá

Fundado há quase 24 anos, estabelecimento funcionará somente como restaurante

Reprodução

Chorinho era um dos pontos mais conhecidos da noite cuiabana

Chorinho era um dos pontos mais conhecidos da noite cuiabana

VINÍCIUS LEMOS
DA REDAÇÃO

As noites cuiabanas não terão mais a tradicional mistura de ritmos brasileiros do bar Chorinho. O estabelecimento, fundado há quase 24 anos, encerrou as atividades  nos primeiros dias deste mês.

 

A crise econômica teria sido foi o principal motivo do encerramento das atividades. No final das manhãs, o lugar continuará servindo almoço.

 

O proprietário, Antônio Marinho de Souza Fortaleza, lamenta ter chegado a essa situação. Ele conta que a redução no número de clientes gerou dificuldades financeiras.

 

“A crise nos engoliu. As dificuldades existiam há mais de dois anos e eu vinha tentando contorná-las, achando que as coisas iriam melhorar com o tempo, mas não melhoraram”, revela.

 

A crise nos engoliu, as dificuldades existiam há mais de dois anos e eu vinha tentando contorná-las

Apesar de as maiores dificuldades terem surgido há cerca de dois anos, o lugar enfrenta queda no público há quase cinco, quando teve que sair do Bairro Jardim Tropical, onde havia sido fundado.

 

No espaço onde surgiu, grande parte dos frequentadores do Chorinho eram universitários. A proximidade do bairro onde foi criado e as universidades da Capital costumava atrair o público jovem.

 

Antônio Marinho revela que a mudança de região ocorreu após determinação da Prefeitura. Para ele, a nova localização do Chorinho, atualmente no bairro Quilombo, dificultou o acesso para os estudantes.

 

“A Prefeitura tirou a gente do Jardim Tropical depois que os moradores reclamaram, porque o nosso público estava aumentando muito ao longo dos anos e isso incomodava a vizinhança. Desde que mudamos, mantivemos um público tradicional, mas não há mais tantos universitários”, relata.

 

O empresário comenta que, desde que o estabelecimento foi levado para o Quilombo, os lucros caíram. Para tentar melhorar a situação, Antônio Marinho teve que recorrer a novas alternativas.

 

“Para compensarmos a queda no público, decidimos transformar o Chorinho em um restaurante durante o fim da manhã. Passamos a oferecer, das 10h30 às 14h, almoço para o público a um preço acessível”, explica.

 

O restaurante do Chorinho, apesar de continuar em funcionamento, deverá mudar de lugar a partir de setembro, mês em que se encerra o contrato de aluguel do espaço onde o estabelecimento está instalado.

 

Iremos para outro lugar, para funcionar somente o restaurante

“Iremos para outro lugar, para funcionar somente o restaurante. Ainda não definimos onde iremos reabrir”.

 

Tristeza e otimismo

 

O samba, o choro, a seresta, o forró e outros ritmos tipicamente brasileiros, que eram apresentados no Chorinho, terão um espaço a menos na Capital mato-grossense.

 

Apesar de afirmar estar triste, o criador do estabelecimento tenta ser otimista em relação ao encerramento das atividades noturnas do Chorinho, que completa 24 anos de criação em novembro.

 

“O coração dói, mas eu tenho que me conformar com essa situação. Prefiro acreditar que Deus fecha uma porta, mas abre outras dez”.

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3 Comentário(s).

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Lucio Costa  04.08.16 17h56
Vamos reerguer o samba de Marinho e cia! A turma é forte os que sempre estiveram lá desde meados dos anos 2000 Lorena, Djalma, Paulinho paiakan, nilsinho, zé bó, eliseu, sandra, henrrique e cia.. Vao dar um jeito de voltar algo! Se Deus quiser! Quem matou o chorinho sem perceber, foi a arrogancia de uns que tornaram a mesa um lugar de vaidades espantando muitos dos verdadeiros entusiatas. Hj os fanfarroes fazem dinheiro nos "bailes" usando o nome do chorinho como referencia mais só aderiram o recinto quando o mesmo já bombava no jd tropical. Pena! O modismo mata mesmo. Força Marinho!
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Arthur  04.08.16 13h06
"Não deixe o samba morrer..."
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João Lemos  03.08.16 23h20
O crescimento de outros bares no entorno do Verdão... o crescimento da musica sertaneja e a mudança do jardim tropical... esses sim foram os verdadeiros vilões, para a queda de publico levando ao fechamento, outra coisa, Cuiabana, enjoou num vai mais.
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