O caminhoneiro Regivaldo Batista Cardoso, de 47 anos, se disse aliviado com a definição da data do Tribunal do Júri do pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos, que matou a sangue frio sua esposa e suas três filhas em novembro de 2023, em Sorriso. “O que a gente mais quer é ver esse cara condenado”, disse.
Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, Miliane Calvi Cardoso, de 19, Manuela Calvi Cardoso, de 13, e Melissa Calvi Cardoso, de 10 anos, foram brutalmente assassinadas na noite do dia 24 daquele mês. Os corpos só foram encontrados três dias depois.
A Justiça de Mato Grosso marcou para o dia 7 de agosto, às 8h30, o júri popular de Gilberto pelo assassinato da mãe e das filhas. A data foi fixada pelo juiz Rafael Depra Panichella, da 1ª Vara Criminal de Sorriso. O processo tramita sob sigilo.
“Fiquei, de certa forma, aliviado em saber a data do julgamento, porque faz mais de um ano e meio e a data desse julgamento não saía. Eu, minha sogra, a família toda fica mais aliviada. O que a gente mais quer é ver esse cara condenado”.
Segundo a defesa da família, a princípio, o julgamento deve ocorrer em Sorriso. “Mas ainda aguardamos a decisão do pedido de desaforamento, feito pela Defensoria Pública”, afirmou o advogado da família, Conrado Pavelski. A decisão, segundo ele, deve sair em breve.
“Almejamos muito que o julgamento seja feito em Sorriso, nada mais justo, se é que tem alguma coisa justa nisso. Ele tem que ser julgado pela sociedade de Sorriso. Peço aos desembargadores que olhem para isso, que não aceitem o desaforamento e que ele esteja presente, para sentir o desprezo da sociedade e ouvir pessoalmente a condenação”, disse.
Vida pregressa
Em maio, Gilberto foi condenado pelo Tribunal do Júri de Mineiros (GO) pelo homicídio triplamente qualificado, seguido de furto, do jornalista Osni Mendes Araújo. A pena aplicada foi de 17 anos, 3 meses e 29 dias de reclusão.
Já em março, ele também foi condenado a 22 anos e sete meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Lucas do Rio Verde pelos crimes de estupro, tentativa de feminicídio e lesão corporal qualificada pela violência de gênero contra D.C.C., ocorrido em 17 de setembro de 2023 na cidade.
“O que eu espero é que seja feita a justiça, que esse cara pegue a máxima condenação em tudo e que nunca mais saia da cadeia, que nunca mais faça vítimas, que nunca mais destrua famílias. Esse cara não pode viver em sociedade, não pode nunca mais sair da cadeia”, afirmou o pai.
“Acho que ele tem que viver o resto da vida dele lá dentro. É isso que eu espero da Justiça, que ela seja mais rígida”.
O caso
Na noite de 24 de novembro de 2023, Gilberto dos Anjos invadiu a casa da família Cardoso e assassinou cruelmente as vítimas.
Durante o tempo em que permaneceu na casa após feri-las, o pedreiro estuprou a mãe, a filha mais velha e a adolescente, enquanto ainda estavam vivas, e depois foi embora levando a calcinha da menor.
Ele foi preso em flagrante na mesma manhã em que os corpos foram encontrados, e confessou.
Atualmente, Gilberto está preso na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.
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