A delegada Ana Paula Faria, da Delegacia de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso de Várzea Grande, vai indiciar pelo crime de denunciação caluniosa a jovem L.A.C.M., de 23 anos, que acusou o Hospital Santa Rita de ter desaparecido com o seu "filho recém-nascido" após um parto forçado.
Conforme a delegada, a mulher não conseguiu comprovar, por meio de exames, que estava grávida e chegou a admitir, em depoimento, que mentiu sobre o caso.
“Ela movimentou todo o aparato da polícia sem necessidade alguma. Eu e minha equipe perdemos muito tempo com essa denúncia, para chegarmos ao final e descobrirmos que era falsa. Poderíamos estar debruçados em cima de outro caso, evitando crimes, prendendo criminosos”, disse a delegada.
“Além disso, ela manchou a imagem do hospital, dos médicos. Foi uma acusação muito grave e, por isso, ela tem que ser responsabilizada”, afirmou Ana Paula.
A delegada disse que deve concluir o inquérito policial na próxima semana e, logo depois, encaminhá-lo para o Fórum de Várzea Grande.
No Fórum, o processo será remetido ao Ministério Público Estadual (MPE) para que um promotor de Justiça decida se denuncia ou não a mulher pelo crime.
Caso ocorra a denúncia, o procedimento será levado para análise de um juiz da Primeira Vara Criminal. Se o magistrado acatar a denúncia, L.A.C.M. passará a ser ré.
O crime de denunciação caluniosa prevê pena de dois a oito anos de reclusão mais multa.
A delegada Ana Paula chamou a atenção da população para não passar trote na polícia.
“A gente tem recebido muitas denúncias inverídicas e a Delegacia não tem efetivo para perder tempo com trote. A população precisa colaborar conosco para que possamos atingir o objetivo do nosso trabalho”, afirmou.
O caso
No boletim de ocorrência registrado pela jovem e o marido no dia 5 de janeiro, ela afirmava que estava grávida de 9 meses e fazia pré-natal.
No dia 3, segundo a mulher, ela sentiu fortes dores e procurou o hospital Santa Rita.
Lá foi atendida por um médico que estava deixando o plantão, mas iniciou o atendimento prescrevendo medicamento e repassando a paciente a outra médica, que teria prescrito outro medicamento e feito atendimento na presença de uma enfermeira e outro funcionário do hospital.
“Que depois desse atendimento, a paciente estava sangrando muito e a enfermeira colocou um absorvente nela e a encaminhou para um outro leito do hospital. Horas depois, a médica solicitou um ultrassom e disse para a paciente que ela não estava grávida, pois não ouvia o coração da criança", complementa o boletim de ocorrência.
No entanto, conforme a jovem, ela e o marido se dirigiram para outra unidade de saúde de Cuiabá, onde foi constatado que a mulher sofreu um “parto forçado”.
Há época, o médico Alencar Farina, proprietário do Hospital Santa Rita, rebateu o casal e afirmou que a mulher “não estava grávida e não esteve grávida nos últimos 30 dias”.
O médico informou ter cópias de todos os exames comprovando que a mulher não estava grávida.
O diretor do Hospital Jardim Cuiabá, Arilson Arruda, também negou que uma equipe médica da unidade tenha diagnosticado “parto forçado” na mulher.
Leia mais:
Em depoimento à polícia, mulher confessa que não estava grávida
Entre no grupo do MidiaNews no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).
1 Comentário(s).
|
Arilza Torres 07.02.17 18h22 | ||||
Penso que ao invés de querer prender ela, tem que ver que ela sofre de algum transtorno e deve fazer tratamento, por mais que ela tenha causado transtorno, não acredito que deve ser presa, com pessoas que roubaram, mataram e outras coisas mais. | ||||
|