Cuiabá, Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025
ALVO DE OPERAÇÃO
30.07.2025 | 10h03 Tamanho do texto A- A+

Preso atuou com Nenéu e tem cargo graças a Emanuelzinho

Empresário João Gustavo Ricci Volpato seria figura central no esquema de fraudes com verbas judiciais

MidiaNews

João Gustavo Ricci Volpato, preso em operação e que tem cargo de gerente no Governo Lula

João Gustavo Ricci Volpato, preso em operação e que tem cargo de gerente no Governo Lula

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

Preso na manhã desta quarta-feira (30) na Operação Sepulcro Caiado, o empresário João Gustavo Ricci Volpato tem ligação estreita com a família Pinheiro.

 

Ele foi secretário de Habitação e Regularização Fundiária e também secretário-adjunto na Secretaria de Saúde nos último mandato da gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB).

 

Em abril desse ano, por indicação o deputado federal Emanuelzinho (MDB), filho do ex-prefeito, Volpato assumiu cargo de Gerente Regional da Agência Nacional de Mineração (ANM) em Mato Grosso (leia AQUI), da gestão do presidente Lula (PT). A indicação teve o aval do ministro da Agricultura Carlos Fávaro (PSD).

 

A nomeação foi criticada pelo setor e, na ocasião, técnicos e empresários reclamaram que Volpato não tem formação e sequer ligação com a mineração. 

 

Deflagrada pela Delegacia de Estelionato, a operação descortinou um suposto esquema de falsificações que pode ter dado um prejuízo de R$ 21 milhões ao Tribunal de Justiça.

 

A Polícia apontou “existência de um sofisticado esquema criminoso” que gravita “em torno de um núcleo centralizado na figura de João Gustavo Ricci Volpato, seus familiares e empresas a ele vinculadas”.

 

Segundo a Polícia, o esquema consistia no ajuizamento de execuções de dívidas inexistentes por meio de João Volpato, que seria representado nos autos pelos advogados Wagner Wagner Vasconcelos de Moraes e Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes – também alvos da operação.

 

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Emanuel Pinheiro e Emanuelzinho

O ex-prefeito Emanuel Pinheiro e seu filho, o deputado federal Emanuelzinho

Sem o conhecimento das partes rés, o grupo simulava a quitação da dívida via depósito judicial, juntando aos autos comprovantes de pagamentos falsificados, dizem os policiais.  Eles contariam com o auxílio do servidor do TJ Mauro Ferreira Filho, que é suspeito de fazer a migração do valor “pago” da conta única do Tribunal para a conta vinculada ao processo, permitindo que houvesse fundos para o seu resgate.

 

Mandados

 

Na operação são cumpridos mais de 160 ordens judiciais, sendo 11 mandados de prisão preventiva, 22 mandados de busca e apreensão, 16 ordens de bloqueio judicial totalizando mais de R$ 21,7 milhões.

 

Ainda são cumpridos 46 quebras de sigilo fiscal e bancário e sequestro de 18 veículos e 48 imóveis. As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande e na cidade de Marília (SP). 

 

Foram alvos de mandados de prisão: Wagner Vasconcelos de Moraes, advogado; Melissa Franca Praeiro Vasconcelos de Moraes, advogada; João Gustavo Ricci Volpato, empresário; Luiza Rios Ricci Volpato, sócia de empresa credora; Augusto Frederico Ricci Volpato, sócio de empresa credora; Rodrigo Moreira Marinho, advogado; Themis Lessa da Silva, advogado; João Miguel da Costa Neto, advogado; Régis Poderoso de Souza, advogado; Mauro Ferreira Filho, servidor; e Denise Alonso, advogada.

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Veja os 11 alvos de operação que investigou esquema na Justiça

 

Entenda como funcionava suposto esquema de desvios no TJ

 

 

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