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06.12.2016 | 16h07 Tamanho do texto A- A+

Delegado investiga outras denúncias contra vereador de Cuiabá

Chico 2000 teve o mandado de prisão decretado pela Justiça de Mato Grosso, no domingo (4)

MidiaNews

O delegado Eduardo Botelho investiga crimes supostamente praticados pelo vereador Chico 2000 (PR)

O delegado Eduardo Botelho investiga crimes supostamente praticados pelo vereador Chico 2000 (PR)

THAIZA ASSUNÇÃO
DA REDAÇÃO

O delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), investiga outras denúncias de que o vereador por Cuiabá Chico 2000 (PR) teria praticado abuso sexual contra mais crianças e adolescentes.

 

O parlamentar teve o mandado de prisão temporário decretado pela Justiça de Mato Grosso, no domingo (4), por supostamente ter estuprado a enteada de 11 anos, no dia 13 de outubro. Ele é considerado foragido.

 

“Pessoas que praticam crimes sexuais nunca ficam satisfeitas com uma vítima. E como ele [Chico 2000] é uma pessoa conhecida e possui um poder financeiro e político relevante, também há a possibilidade de que possa ter praticado o crime contra outras crianças e adolescentes”, afirmou o delegado ao MidiaNews.

 

Como ele (Chico 2000) é uma pessoa conhecida e possui um poder financeiro e político relevante há a possibilidade de que ele possa ter praticado crime contra outras crianças e adolescentes

Eduardo Botelho disse que não pode dar detalhes sobre as novas denúncias, já que o inquérito policial está sob sigilo.

 

Conforme o delegado, o pedido de prisão contra o vereador foi feito para que ele não atrapalhe as investigações.

 

“Como é um crime praticado contra criança - e ela possui um vínculo com ele -, qualquer contato com a vítima pode fazê-la voltar atrás nas declarações”, disse Eduardo Botelho.

 

“Por isso eu pedi a prisão dele na semana passada para que eu possa avançar nas investigações. Eu não quero que ele influencie no andamento do inquérito”, afirmou o delegado.

 

Eduardo Botelho disse que investigadores da Deddica estão nas ruas à procura do vereador. Os policiais já foram até a residência dele e ao seu local de trabalho, na Câmara de Cuiabá, mas não o localizaram.

 

“Espero que ele se entregue nas próximas horas, mas enquanto isso minha equipe está nas ruas”, pontuou o delegado.

 

O caso

 

A investigação contra o vereador teve início no dia 28 de novembro, após a menina denunciar o caso na Central de Flagrantes da Capital, no dia 26.  

 

No boletim de ocorrência, a menina contou que o parlamentar teria pedido para que ela sentasse em seu colo e passado a mão nos seus seios e barriga.

 

Conforme a menina, o caso teria ocorrido no dia 13 de outubro, durante uma festa em comemoração ao aniversário da mãe dela, na casa do vereador.

 

A menina contou que preferiu não contar nada para a mãe na ocasião porque não queria estragar a festa.

 

“Todavia, narra que hoje 26.11.2016 teve uma discussão com Chico e mãe, e enviou um pedido de socorro para a tia paterna. Informa que nesse tempo a vítima foi para a casa de uma amiga que mora perto da sua casa, e a tia a buscou lá”, finaliza o B.O.

 

Outro lado

 

Em entrevista a imprensa no dia 28, Chico 2000 negou o crime e afirmou que a enteada é “problemática” e arquitetou a situação para justificar o seu mau comportamento no colégio.

 

Ele relatou que, há dois anos, contratou um advogado e ajudou a mãe a ter a guarda da menina. Antes, a menor morava com o pai em Canarana (823 km ao Nordeste de Cuiabá).  

 

“Possivelmente em razão desse passado conflitante entre o pai e a mãe, ela acabou se tornando uma menina extremamente problemática. Notas baixas na escola, mau comportamento, falando palavrão, gírias, enfim. Ela arquitetou tudo isso para justificar a reprovação”, disse.

 

“O que eu posso dizer é que esse é o maior absurdo que pode estar acontecendo comigo. Estou com 61 anos de idade, tenho duas filhas, netos, sempre primei pelo respeito. Quem me conhece sabe o meu comportamento. Sempre procurei ser muito correto, tanto na Câmara Municipal, como na minha vida pessoal. Basta olhar o meu passado para saber se o que está acontecendo é verdade ou é uma baita de uma covardia”, pontuou, chorando.

 

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