O delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), abriu um inquérito policial para investigar o suposto abuso sexual que teria sido praticado pelo vereador por Cuiabá, Chico 2000 (PR), contra a própria enteada de 11 anos.
Ao MidiaNews, o delegado informou que a menina foi ouvida na tarde desta segunda-feira (28). O teor do depoimento, porém, não será divulgado para resguardar a intimidade da menor, uma vez que o caso tramitará em sigilo.
Eduardo Botelho também irá ouvir, nos próximos dias, o vereador Chico 2000, além dos pais da menina.
“Ainda não sei quais serão as datas das oitivas, mas todos serão ouvidos”, disse o delegado.
As investigações têm prazo de 30 dias para serem concluídas, mas podem ser prorrogadas. Se o delegado entender que há indícios contra o vereador, a investigação será enviada ao Ministério Público para o oferecimento de denúncia. Caso contrário, o inquérito será arquivado.
Em boletim de ocorrência registrado no último sábado (26), a menina contou que oparlamentar teria pedido para que ela sentasse em seu colo e passado a mão nos seus seios e barriga durante uma festa em comemoração ao aniversário da sua mãe, no dia 13 de outubro. Ela foi até a delegacia acompanhada da tia paterna.
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O vereador Chico 2000 que foi acusado pela enteada de abuso sexual
A menina contou que preferiu não comentar o caso para a mãe na ocasião porque não queria estragar a festa de aniversário dela.
“Todavia, narra que hoje 26.11.2016 teve uma discussão com Chico e mãe, e enviou um pedido de socorro para a tia paterna. Informa que nesse tempo a vítima foi para a casa de uma amiga que mora perto da sua casa, e a tia a buscou lá”, finaliza o B.O.
Nesta manhã, Chico 2000 negou o crime e afirmou que a enteada é “problemática” e arquitetou a situação para justificar o seu mau comportamento no colégio.
Ele relatou que, há dois anos, contratou um advogado e ajudou a mãe a ter a guarda da menina. Antes, a menor morava com o pai em Canarana (823 km ao Nordeste de Cuiabá).
“Possivelmente em razão desse passado conflitante entre o pai e a mãe, ela acabou se tornando uma menina extremamente problemática. Notas baixas na escola, mau comportamento, falando palavrão, gírias, enfim. Ela arquitetou tudo isso para justificar a reprovação”, disse.
“O que eu posso dizer é que esse é o maior absurdo que pode estar acontecendo comigo. Estou com 61 anos de idade, tenho duas filhas, netos, sempre primei pelo respeito. Quem me conhece sabe o meu comportamento. Sempre procurei ser muito correto, tanto na Câmara Municipal, como na minha vida pessoal. Basta olhar o meu passado para saber se o que está acontecendo é verdade ou é uma baita de uma covardia”, pontuou, chorando.
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