Cuiabá, Quinta-Feira, 26 de Junho de 2025
ERRO MÉDICO
17.07.2018 | 18h30 Tamanho do texto A- A+

"Ela era nossa guardiã; queremos Justiça", diz filho de bancária

Lilian Calixto, de 46 anos, morreu em decorrência de um procedimento estético, no Rio de Janeiro

Alair Ribeiro/MídiaNews

O corpo de Lilian Calixto está sendo velado na Capela Jardins

O corpo de Lilian Calixto está sendo velado na Capela Jardins

BIANCA FUJIMORI E DAFFINY DELGADO
DA REDAÇÃO

Dezenas de parentes e amigos prestaram as últimas homenagens à gerente de banco Lilian Calixto, 46 anos, nesta terça-feira (17), na Capela Jardins, em Cuiabá, onde o corpo foi velado. 

 

Lilian morreu na madrugada de domingo (15), no Rio de Janeiro, após complicações decorrentes de um procedimento estético feito com o médico Denis Furtado.

 

Muito emocionado, o filho da gerente, Victor Calixto, dissse não conseguir aceitar a perda da mãe.

 

“A nossa família está revoltada. Ninguém consegue aceitar essa perda, porque não foi uma coisa natural, foi um erro médico. A gente quer Justiça pelo menos para acalmar a nossa família. Porque a gente perdeu a pessoa mais preciosa da nossa vida. Ela era tudo para a gente, era o pilar da família, nossa guardiã”, disse o filho emocionado.

 

Alair Ribeiro/MídiaNews

Velório - Victor Calixto

Filho de Lilian Calixto: "A nossa família está revoltada. Ninguém consegue aceitar essa perda, porque não foi uma coisa natural, foi um erro médico"

Lilian saiu de Cuiabá na semana passada para passar por um procedimento estético com o uso de PMMA (polimetilmetacrilato). O produto é um polímero em forma de gel usado para preenchimento de partes do corpo.

 

“Se deixar esse cara solto, pode acontecer com mais famílias. Não quero que ninguém sofra o que a gente está sofrendo. Isso é um pesadelo que não tem fim. Nada trará a minha mãe de volta. Mas pelo menos conforta a gente sabendo que ele está preso, que a justiça está sendo feita”, afirma o filho.

 

O crime está sendo investigado pela 16º Delegacia de Polícia da Barra de Tijuca, no Rio, e o médico é considerado foragido da justiça.

 

O enteado de Lilian, Alessandro Jamberci, contou que a família tem sofrido com a perda da gerente, e que o pai está tentando superar a dor.

 

“Meu pai está bem, está firme e forte. O Vitor também aparenta estar forte, mas filho é filho. A justiça sempre vai ser cobrada, mas quem vai resolver é Deus. Tem que botar na mão dele. A vida dela não tem como vir de volta”.  

 

O corpo de Lilian Calixto chegou a Cuiabá na manhã desta terça-feira. Os familiares estavam no Rio de Janeiro para transferência do corpo e ainda foram ouvidos pelos delegados cariocas. 

 

“Ele está foragido [médico Denis Furtado]. A Polícia esta atrás dele. Lá [no Rio de Janeiro] está bem encaminhado, a Polícia está atrás. Todos da família que estavam lá foram ouvidos”, lembra.

 

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Mato Grosso, Leonardo Campos, que esteve no velório, também lamentou a morte. 

 

“Ela era a gerente da minha conta e da minha esposa há 12 anos. Ela era muito alto astral”, afirmou Campos.

 

O corpo da gerente deve ser sepultado na manhã desta quarta-feira (17), às 8h, no Cemitério Bom Jesus de Cuiabá, na saída para Santo Antônio do Leverger.

 

Não recomendado

 

Uma enfermeira, que atuou na apliação da substância, e a namorada do médico estão detidas.

 

A enfermeira confirmou em depoimento que o procedimento não foi realizado em um hospital, ou clínica, mas no apartamento onde o médico reside, em uma cobertura, na Barra da Tijuca.

 

O uso de PMMA não é recomendado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC) como procedimento estético.

 

Segundo a enfermeira, Lilian começou a passar mal logo após a aplicação. Ela começou a perder a respiração, ficou ofegante e o quadro se agravou rapidamente.

 

A gerente foi levada para um hospital, onde chegou em estado grave. Em poucas horas, ela não resistiu e faleceu. 

 

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Velorio Lilian Calixto

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Velório Lilian Calixto

Reprodução

Velório Lilian Calixto




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Matheus  18.07.18 09h29
Uma mulher tão bem instruída, não devia ter aceitado ser submetida à um procedimento em uma "CASA" sem a menor condição para fazê-lo. Mostra que devemos sempre prezar pela qualidade do serviço prestado qualquer que seja. Mostra também o quão falha é o controle de clinicas "CLANDESTINAS" que atuam no país, este não é o primeiro caso, nem será o último infelizmente. Que a família supere, e que este caso sirva como mais um alerta, a outras pessoas.
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