"Existe Justiça", diz personal após condenação de ex-marido

A personal trainer Débora Sander usou suas redes sociais para comemorar a condenação imposta ao policial civil Sanderson Ferreira de Castro Souza, seu ex-companheiro.

Ele foi sentenciado a 15 anos de prisão em regime fechado por agressões físicas e psicológicas contra ela. O crime ocorreu em Cuiabá no dia 3 de agosto de 2024, e a decisão judicial saiu quase um ano após a denúncia.  

Sanderson foi preso preventivamente em 1º de setembro de 2024, por ordem judicial.  

Débora afirmou sentir alívio e encorajou outras mulheres a denunciarem casos de violência.

“Ele foi condenado a 15 anos de prisão em regime fechado devido à periculosidade que ele apresenta. Isso prova que tudo que eu falei foi verdade. Eu queria falar para vocês mulheres: acreditem, tem uma rede de apoio aqui fora, vocês precisam denunciar e acabar com esse ciclo de violência doméstica. Foi a melhor notícia que eu poderia receber. O medo é grande, e denunciar é difícil, mas lutei para provar o que ele fez comigo e com outras mulheres”, disse.  

Ela agradeceu o apoio recebido durante o processo e destacou a importância de uma rede de amparo. “Agradeço a todos que me deram força. Não consigo citar todos os nomes, pois muita gente me ajudou neste processo. Mulheres, denunciem, não fiquem nesse ciclo. Vocês não estão sozinhas.”  

Débora afirmou que, mesmo com possíveis recursos da defesa, confia na Justiça. “Precisamos de mais mulheres que denunciem, vocês não estão sozinhas. Acreditem que existe Justiça.”  

Ela também mencionou que enfrentou descrença até de familiares, mas que a sentença comprovou sua versão. “A gente tem que acreditar. Aquelas pessoas que não acreditaram, que me julgaram, até família minha foi contra, mas a prova está aí.”  

O caso 

No dia 19 de agosto, Débora relatou em suas redes sociais ter sofrido agressões do ex-companheiro. O caso ganhou repercussão, e ela recebeu apoio de autoridades, incluindo a primeira-dama Virgínia Mendes.  

Ela afirmou que o relacionamento, que durou dois anos, era marcado por violência psicológica e financeira, mas que as agressões físicas começaram em 3 de agosto.  

“Não vou ficar com um homem armado, ameaçando meu filho e a mim. Saí para me proteger, mas ainda tenho lesões no corpo”, disse.  

Quando tentou denunciá-lo pela primeira vez, o ex-companheiro teria dito que a “Polícia ajuda Polícia” e que a denúncia não o afetaria. Débora também relatou que se sentiu coagida por outros policiais, que tentaram convencê-la a não formalizar a queixa.

Veja o vídeo: