Família pede por justiça: “Lei é frouxa para quem dirige bêbado”

Familiares e amigos da empresária Alessandra Mara Prado Gomes, de 36 anos, que morreu em um acidente, na noite de domingo (14), em Poconé (105 km de Cuiabá), pediram justiça pela vítima. Ela teve o veículo atingido por um homem que dirigia embriagado.

Até quando as nossas leis vão continuar sendo frouxas para quem bebe e dirige embriagado?

Alessandra estava com o marido, Edmilson Gonçalves, de 37 anos, e com uma de suas filhas, de 10 anos, quando o carro Gol em que estavam foi atingido frontalmente por um Fiesta. Ela ficou presa às ferragens e não resistiu, morrendo ainda no local.

O condutor tinha sinais visíveis de embriaguez, apontados pela Polícia Militar. Ele se recusou a fazer o teste do bafômetro e foi encaminhado a uma Delegacia da Polícia Civil.

De acordo com o Delegado Matheus Prates, de Poconé, a fiança não foi arbitrada porque, como o condutor estava sob influência de álcool, a pena ultrapassa o limite de tempo que a fiança pode ser uma opção.  

“Por que você nos deixou, minha princesa. Nós precisamos muito de você, que dor!”, disse a mãe, Márcia Prado, em uma publicação no Instagram. 

Um sobrinho da vítima também expressou o sofrimento da família. “Que Deus te abençoe, tia, te amo muito. Vou sentir saudades, seu sorriso era tão lindo, todo lugar que você passava ficava mais alegre. Até logo, titia”. 

“Até quando as nossas leis vão continuar sendo frouxas para quem bebe e dirige embriagado?! [...] Eu queria que tudo isso fosse mentira, mas infelizmente não é. Estou muito triste, arrasado. Obrigado por tudo que você me fez, por sempre ter me ajudado. Eu nunca vou esquecer isso, prima”, afirmou um primo, Maycon Gomes. 

Alessandra era proprietária do salão de beleza e estética Mara Gomes Salon, localizado em Cuiabá. Ela deixou duas filhas e o marido. 

O acidente

De acordo com informações da Polícia Civil, o acidente ocorreu às 21h, quando a família seguia sentido Várzea Grande em um veículo gol e o condutor do outro carro, de 62 anos, ia sentido Poconé. Ele estava com sinais de embriaguez e se recusou a realizar o teste do bafômetro. 

O marido de Mara afirmou que ele dirigia por um trecho de aclive quando o outro veículo perdeu o controle e colidiu contra o seu. Alessandra ficou presa às ferragens e não resistiu, morrendo ainda no local. 

Já o condutor do Fiesta afirmou que dirigia normalmente e foi surpreendido pelo outro. Ele foi conduzido à Delegacia de Polícia para as devidas providências.

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