Cuiabá, Sábado, 26 de Julho de 2025
DATA DE RESISTÊNCIA
25.07.2025 | 15h30 Tamanho do texto A- A+

Finalista do Prêmio Jabuti, professora da UFMT destaca 25 de Julho

Segundo ela, data reforça dimensão interseccional das lutas sociais latino-americanas e caribenhas

Divulgação

Tereza de Benguela viveu no Brasil do século 18 e chefiou o Quilombo do Quariterê

Tereza de Benguela viveu no Brasil do século 18 e chefiou o Quilombo do Quariterê

DA REDAÇÃO

Tereza de Benguela, líder quilombola que comandou o Quilombo do Quariterê, em Mato Grosso, é homenageada nesta sexta-feira (25), que também é o dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.

 

Bruna Andrade Irineu, professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e pesquisadora de gênero e sexualidades, explica que a importância da data se relaciona à luta contra desigualdades, sobretudo contra populações que mais sofrem com elas em Mato Grosso, o que é abordado na obra "Diversidade sexual e de gênero e marxismo", finalista dentre milhares no Prêmio Jabuti Acadêmico.

 

"Dia 25 de julho é uma data que reforça a dimensão interseccional das lutas sociais latino-americanas e caribenhas, por conectar as lutas contra o sexismo, o racismo e as desigualdades sociais. No Brasil, nesta data, também se homenageia Tereza de Benguela, um nome que deveria ter um lugar amplo de destaque na memória oficial do nosso estado", disse.

 

O livro assinado por Irineu com coautoria de Guilherme Gomes Ferreira, professor da UFRGS, aposta exatamente na perspectiva interseccional para o combate a todas as formas de opressão. A professora enfatiza que há um "enfoque específico na população LGBTI+, que vive uma realidade nacional de altos indicadores de violência letal e que regionalmente sofre com um vazio no âmbito das políticas de enfrentamento a violência e com ataques anti-direitos por parte de lideranças políticas locais.

 

Os mesmos grupos que vão aos plenários reverberar pânicos morais contra a diversidade sexual e de gênero, também são contra ao ensino das relações etnicorraciais nas escolas e por vezes, fazem piada em suas redes sociais, sobre a necessidade de reparação histórica a população negra por toda violência colonial sofrida no último país das Américas a abolir a escravidão". 

Divulgação

Obra

Livro escrito pela pesquisadora da UFMT Bruna Andrade Irineu e Guilherme Gomes Ferreira, professor da UFRGS

 

Vinculada ao Departamento de Serviço Social e ao Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Relações de Gênero (NUEPOM), Bruna Irineu comemora o fato de estar entre os finalistas da 2ª edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, promovido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL), na categoria "Enfermagem, Farmácia, Saúde Coletiva e Serviço Social". Ao todo, mais de 2 mil títulos foram inscritos no prêmio.

 

"A indicação como finalista do Prêmio Jabuti Acadêmico é muito honrosa e nos alegra, por ser um prestigioso prêmio, mas especialmente por ser uma professora de Mato Grosso, que fez sua formação graduada na UFMT, onde também leciono hoje. Um estado que encontra tantas barreiras no reconhecimento da diversidade que lhe constitui e particulariza, mas que também produz conhecimento, arte e ciência como forma de resistência", ressalta Bruna Irineu. O Jabuti Acadêmico reconhece a excelência na produção acadêmica, técnica e profissional nacional, destacando contribuições relevantes para o desenvolvimento científico, social, político e cultural. 

 

A cerimônia de premiação ocorrerá no dia 5 de agosto, no Teatro Sérgio Cardoso, em São Paulo/SP. O livro vencedor de cada categoria receberá troféu e premiação em dinheiro. A lista completa dos finalistas está disponível no site www.premiojabuti.com.br/academico

 

Sobre a Obra

 

"Diversidade sexual e de gênero e marxismo", da Editora Cortez, aborda o debate em torno das identidades sexuais e de gênero, do exercício da sexualidade, da livre expressão de gênero e dos direitos da população LGBTI+ está no centro da agenda política contemporânea, expressando um campo de disputas altamente desafiador para profissionais das políticas públicas, estudantes e pesquisadores. 

 

A obra busca oferecer uma contribuição sistematizada e particularizada em relação à questão LGBTI+, sua história de luta e de insurgência, os processos de violação de direitos humanos ainda presentes, as respostas institucionais das diferentes políticas públicas para esse segmento populacional.

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