Flagra íntimo de padre com jovem noiva abalou cidade de MT

O escândalo religioso envolvendo o padre Luciano Braga Simplício e uma jovem comprometida de 21 anos, no município de Nova Maringá, virou pauta nacional. Eles foram flagrados em um momento íntimo no dia 13 de outubro.

A conduta dos envolvidos afrontou valores essenciais não apenas de um relacionamento, mas também de uma comunidade inteira, que se viu traída por quem deveria agir com retidão e dar o exemplo

O padre pertencia à Paróquia de Nossa Senhora Aparecida, da Diocese de Diamantino, e, após o escândalo, foi afastado de suas funções e substituído pelo padre Pedro Hagassis, de 76 anos, ordenado presbítero em janeiro de 2011.

A gravação foi feita na casa paroquial e viralizou nas redes sociais, mostrando o momento em que o pároco foi flagrado com a jovem noiva, que mantinha um suposto caso extraconjugal com ele.

Na gravação, um grupo de homens pede para que Luciano abra a porta ou, caso contrário, ela seria arrombada. 

"Abre a porta ou não vai. Abre a porta ou nois (sic) derruba. Abre a porta", disse um dos homens.

Após algumas tentativas, os homens finalmente entram na suíte do quarto e encontram a mulher escondida embaixo de uma pia.

Luciano atuava como padre desde o dia 25 de abril deste ano, quando tomou posse como pároco na Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Nova Maringá.

Luciano chegou a negar qualquer envolvimento íntimo com a mulher.

Em um áudio de WhatsApp, que também vazou nas redes, o sacerdote afirmou que a mulher foi ao local apenas para tomar banho e dormir após uma festa de Nossa Senhora Aparecida, ocorrida no dia anterior.

“Ontem à tarde, ela perguntou se poderia ir na casa, naquele quarto que fica lá fora, trocar de roupa, porque ela atuou de manhã e ela queria trocar de roupa, aí eu falei que sim”, disse ele no áudio.

De acordo com o relato do padre, a mulher estava na sala quando ouviram as batidas na porta e ela se escondeu por medo de que “fosse um assalto”.

A jovem registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil ainda no dia 13, por divulgação indevida de imagem.

O ex-sogro dela, dois amigos do ex-casal e a esposa de um deles foram alvos de mandados de busca e apreensão na operação que investigou o caso. Os nomes dos alvos não foram revelados.

As ordens judiciais tinham como objetivo apreender dispositivos eletrônicos que pudessem conter imagens da vítima, como celulares, computadores, cartões de memória, pen drives e outras mídias.

A investigação apura crimes como constrangimento ilegal qualificado (cometido mediante violência ou participação de três ou mais pessoas), dano qualificado, invasão de domicílio qualificada (à noite e com violência), exposição de intimidade e dano psicológico à vítima, que, segundo a polícia, entrou em estado de choque após ter sua privacidade exposta por câmeras.

O ex-noivo da jovem alegou que não estava presente no dia do flagrante porque estava em viagem a trabalho no Estado do Rio Grande do Sul.

A declaração foi dada por meio de nota assinada pelo advogado Márcio Goliczeski, que esclareceu que o ex-noivo estava completamente alheio à situação envolvendo o padre Luciano e a jovem.

Ainda no documento, a família avalia os acontecimentos como “marcados pela quebra de confiança, pelo desrespeito e pela ausência de qualquer senso de responsabilidade moral ou religiosa”.

Segundo a mesma nota, a conduta apresentada pelos envolvidos afrontou valores essenciais, ultrapassando o âmbito pessoal e atingindo famílias, amizades e a fé de pessoas que assistiram às imagens "consternadas".

“A conduta dos envolvidos afrontou valores essenciais não apenas de um relacionamento, mas também de uma comunidade inteira, que se viu traída por quem deveria agir com retidão e dar o exemplo”, acrescentou a família.

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