Cuiabá, Segunda-Feira, 22 de Dezembro de 2025
PORTÃO DO INFERNO
22.12.2025 | 17h52 Tamanho do texto A- A+

Governo diz que monitora trincas e descarta risco iminente

Vídeos que mostram supostas rachaduras na pista viralizaram nas redes sociais nos últimos dias

Reprodução

Viaduto do Portão do Inferno não representa riscos iminentes

Viaduto do Portão do Inferno não representa riscos iminentes

DA REDAÇÃO

Nos últimos dias vídeos estão circulando nas redes sociais mostrando supostas rachaduras no trecho do Portão do Inferno, na rodovia MT-251 entre Cuiabá e Chapada dos Guimarães.

 

Segundo a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), as trincas mostradas no chão correspondem às juntas de dilatação, elementos previstos em grandes estruturas de concreto.

 

A Secretaria ainda afirmou que o local é monitorado diariamente e este monitoramento não indica risco iminente de colapso.

 

O que são juntas de dilatação

 

Juntas de dilatação são espaços projetados nas estruturas para permitir pequenas movimentações naturais causadas por variações de temperatura, peso dos veículos e diferenças de comportamento entre materiais. Elas funcionam como uma folga necessária para que o concreto possa se expandir ou se contrair sem gerar fissuras desordenadas.

 

Um exemplo comum está nas calçadas, que possuem cortes regulares no concreto para evitar rachaduras. Em grandes obras, como pontes e viadutos, esse tipo de junta é ainda mais essencial.

 

No caso do Portão do Inferno, segundo a Sinfra, as trincas visíveis estão localizadas na transição entre o viaduto, que é uma estrutura rígida de concreto armado, e o pavimento apoiado sobre o solo. Como esses dois elementos se movimentam de forma diferente, é esperado que ocorram pequenas aberturas no asfalto nesta região. 

 

Essa diferença gera movimentações pequenas e controladas, que se manifestam justamente nas juntas. As medições realizadas por técnicos que acompanham a situação do local não indicam movimentações atípicas.

 

Monitoramento constante

 

A Secretaria ainda frisou que desde o início das intervenções no Portão do Inferno, o local passa por monitoramento técnico contínuo, realizado por equipes especializadas. As juntas e trincas são medidas periodicamente.

 

Esse acompanhamento permite identificar qualquer alteração fora do padrão esperado e, até o momento, não há indicativos de deslocamento estrutural que exijam novas medidas emergenciais além das que já foram adotadas.

 

No entanto, é importante ressaltar que o risco existe e é por isso que há medidas preventivas em relação ao trânsito no local. O risco nunca foi ignorado e é o motivo da realização de obras emergenciais no local.

 

Entre as medidas adotadas estão:

 

- instalação de barreiras dinâmicas para conter quedas de blocos rochosos;

- remoção de grandes blocos instáveis;

- restrição ao tráfego de veículos pesados;

- interrupções preventivas da rodovia em períodos de chuva intensa.

 

Essas ações foram implementadas justamente para reduzir os riscos enquanto a solução definitiva para o trecho é desenvolvida.

 

O Governo de Mato Grosso já confirmou que a solução definitiva para o Portão do Inferno será a construção de um túnel, alternativa considerada mais segura e com menor impacto ambiental e paisagístico. A licitação para contratação da empresa que será responsável pela elaboração do projeto e execução da obra está marcada para o dia 9 de março.

 

Situação semelhante em Cuiabá

 

Caso parecido ocorreu recentemente na Ponte Mário Andreazza, em Cuiabá, quando vídeos nas redes sociais alertavam para rachaduras, sendo que as trincas também eram juntas de dilatação.

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