reconstituição caso isabele

O laudo da reconstituição da noite em que Isabele Guimarães Ramos foi morta reforçou que a adolescente que atirou estava dentro do banheiro quando fez o disparo.
A reconstituição foi feita no dia 18 de agosto e contou com a presença de duas atrizes, o namorado e os pais da jovem que atirou, policiais civis e peritos.
De acordo com o documento, a posição do corpo de Isabele quando caiu coloca a atiradora dentro do banheiro, diferente do que afirmou a menina em depoimento à Polícia Civil.
“Segundo o laudo pericial de local de crime, o atirador estaria postado dentro do banheiro, região entre a porta e a janela. Esta posição do atirador é compatível com a posição de queda e repouso final da vítima”, confirma o laudo de reconstituição.
O tiro foi disparado frontalmente, a 1,44m de altura, com uma distância de 20cm a 30 cm do rosto de Isabele. A bala atingiu a narina direita da vítima, conforme consta no laudo.
A reconstituição também concluiu que as manchas de sangue encontradas no banheiro não condizem com a versão de que a atiradora estaria fora do banheiro.
“Postando a atiradora, fora do banheiro, empunhando a arma com a boca do cano alinhada com o início da soleira da porta, e a vítima na posição delimitada conforme o laudo pericial de local de crime, temos a distância da medida da folha da porta aberta, que tem largura de 70 cm. E, com essa distância, excluiria os sinais materiais deixados, tal como exposta pela seção de Balística Forense”.
Reprodução
Atrizes foram usadas para reconstituir cena de morte de Isabele Ramos
Além disso, outro ponto levantado pelos peritos durante a reconstituição é de que o ângulo de fora do banheiro não favorece o trajeto feito pelo projétil estando a adolescente do lado de fora do banheiro.
“A angulação oferecida pela folha da porta aberta em no mínimo 90º seria suficiente para a visada atiradora-vítima, estando a atiradora no closet e a vítima no banheiro. Consta no Laudo Pericial de Local de Crime, que a vítima estaria com a face voltada para a janela e não para a porta, desta forma o trajeto do projetil no interior do corpo seria outro”, consta no laudo.
O documento também reforça que o corpo de Isabele foi mexido pelo empresário Marcelo Cestari, pai da adolescente, para a realização de massagem cardíaca conforme orientado pelo Samu.
“Marcelo Cestari disse, durante a reprodução simulada, que movimentou o corpo um pouco para dentro do banheiro para que a cabeça saísse de cima do trilho do box. Esta movimentação foi suficiente para colocar a cabeça e as vértebras cervicais dentro do box de banho”.
Arma em escrivaninha
Após o disparo, o irmão da atiradora subiu para o quarto e encontrou a arma sobre a escrivaninha do cômodo, diferente do que a adolescente que atirou tinha contado.
Ela disse que guardou o case com a arma no closet dos pais logo depois do tiro.
Veja imagens do laudo abaixo:
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