A mãe da adolescente esfaqueada por um colega em uma escola de Rondonópolis (218 km de Cuiabá), na última segunda-feira (10), negou que a filha praticava bullying contra o agressor e revelou que a família cogita mudar de cidade por medo de um novo ataque.

Em entrevista ao programa Cidade Alerta, Rosimere contou que o adolescente apreendido mora próximo à residência da família, o que aumenta a sensação de insegurança.
“Eu e o pai dela não queremos que ela volte para essa escola por enquanto. A gente não sabe o que fazer. Estávamos até pensando em mudar de cidade, porque o rapaz mora perto de casa. Assim, a gente não tem mais confiança. Estou com muito medo, muito medo mesmo”, afirmou.
A menina sofreu três perfurações na virilha, abdômen e tórax, teve o pulmão perfurado e precisou passar por cirurgia e colocar um dreno. Ela recebeu alta na sexta-feira (14) e se recupera em casa.
“Isso poderia ter terminado em tragédia. Hoje podemos sorrir, mas poderíamos estar chorando pela vida da minha filha”, lamentou a mãe.
Rosimere contou que conversou com os filhos sobre a suspeita de bullying levantada pelo agressor. Segundo ela, tanto a vítima quanto o irmão, que estuda na mesma sala do adolescente apreendido, negam qualquer contato com ele.
“Perguntei para ela: ‘Filha, você já falou alguma coisa para esse menino?’. Ela respondeu: ‘Mãe, eu nunca tive contato com esse menino’. Foi o que ela me disse”, relatou.
A mãe reforçou ainda que, mesmo que tivesse havido alguma discussão, nada justificaria o ataque.
“Porque mesmo que tivessem feito algo, não se age dessa maneira. Ela quase perdeu a vida. E, pelo que vi, ele também queria fazer mal a si mesmo. Foram dois livramentos”, afirmou.
A jovem também gravou agradecimentos aos profissionais que a atenderam e às pessoas que doaram sangue.
“Queria agradecer a todos que me salvaram: o Samu, os médicos que cuidaram de mim, quem doou sangue, quem se preocupou, mandou mensagens, visitou e me deu presentes. Muito obrigada”, disse.
O adolescente foi apreendido em flagrante. À polícia, afirmou que era alvo de bullying e que era chamado de “esqueleto”, “magrelo” e “palito”.
Ele usou um canivete para cometer o ataque e também feriu na mão um colega de 15 anos que tentou impedir as facadas.
Veja o vídeo:
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