Cuiabá, Sábado, 2 de Agosto de 2025
CASO ISABELE
19.08.2020 | 11h27 Tamanho do texto A- A+

Mãe de garota morta acredita que tiro foi motivado por ciúme

Patrícia Ramos diz que amiga da filha agiu por impulso na noite da morte de Isabele

Reprodução

Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente que foi morta com um disparo na cabeça

Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente que foi morta com um disparo na cabeça

BIANCA FUJIMORI
DA REDAÇÃO

A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe da adolescente Isabele Ramos, de 14 anos, que foi morta por um disparo feito pela amiga, disse acreditar que o crime tenha sido motivado por ciúmes do namorado.

 

Isabele morreu no dia 12 de julho com um tiro no rosto, no condomínio Alphaville. O caso aconteceu na residência do empresário Marcelo Cestari, pai da jovem que atirou.

 

Em entrevista à TV Vila Real, nessa terça-feira (18), a mãe da adolescente disse suspeitar que algo tenha acontecido entre as duas, o que motivou o disparo.

 

Segundo Patrícia, Isabele já tinha relatado que a amiga vivia um relacionamento problemático, com diversas brigas e ciúmes exagerado.

 

“O que sei, como mãe, é que naquele dia aconteceu algo entre elas. De repente, um ciúmes, até porque a minha filha sempre me dizia que o namorado e ela tinham uma relação conturbada. Eles brigavam bastante, tinham muito ciúmes entre eles”, afirmou.

 

A mãe crê que a menor tenha agido por impulso em uma tentativa de resolver o conflito que teria se formado naquele momento.

 

“Ela estava com uma arma na mão e talvez tivesse querendo, de alguma forma, se vingar ou tentar resolver o problema dela naquele momento. Acho que ela agiu por impulso. Acho que pode ter sido um ciúmes do próprio namorado”, defendeu Patrícia.

 

Para a empresária, a morte de sua filha poderia ter sido evitada se a adolescente não tivesse acesso a armas de fogo e não praticasse tiro esportivo. Segundo ela, o desentendimento poderia ter se resolvido de forma mais tranquila.

 

“Se essa garota não tivesse acesso a uma arma, se ela não soubesse praticar tiro, ela teria mandado minha filha embora de casa, teria bloqueado a minha filha no Instagram, minha filha teria voltado aquele dia”, disse.

 

Além disso, o namorado da garota foi apontado como o responsável por levar a arma que tirou a vida de Isabele para a residência onde as duas estavam. O rapaz, que também pratica tiro esportivo, entregou um case com duas armas para o sogro.

 

Mesmo tendo ido embora depois de deixar as armas, a mãe de Isabele acredita que o jovem saiba o que aconteceu entre as meninas.

 

“Ele não estava na casa, já tive imagens de que ele realmente não estava ali. Ele sabe o que aconteceu ali naquela noite, não foi só ela. As pessoas todas que estavam ali naquela noite sabem sim o que aconteceu, só não querem dizer”, afirmou Patrícia.

 

Reconstituição

 

Marcado para as 18h30, o trabalho começou apenas por volta das 20 horas, na casa em que ocorreu o incidente, no condomínio Alphaville. Os policiais e peritos começaram a chegar ao local por volta das 18h20.

 

Cerca de 40 pessoas - entre policiais e peritos - participam do procedimento. Além deles, estavam no imóvel os advogados da família da vítima, da garota que atirou e do namorado dela.

 

Também participaram da simulação os pais da adolescente que atirou contra amiga, os empresários Gaby e Marcelo Cestari e a mãe da adolescente morta.

 

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4 Comentário(s).

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marcio gomez zankynn  24.08.20 18h25
marcio gomez zankynn, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
marcio gomez zankynn  24.08.20 18h22
marcio gomez zankynn, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
José murtinho  19.08.20 16h49
Armas irregulares, armas sem cuidados, menores mexendo em armas e tiro no rosto, frontal (que laudo pericial diz que não foi acidental). Quem admite isso e quem faz isso tem que arcar as consequências legais.
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MIRTS LACERDA  19.08.20 15h41
Já pensaram na hipótese de a menina que atirou acreditar que a arma estava descarregada e que apenas quis dar um susto na amiga? É uma hipótese que deveria ser considerada se as amigas e Os amigos das meninas confirmarem que não havia rusgas entre elas, que eram grandes amigas. Prefiro acreditar numa tragédia involuntária. Nenhuma premeditação. Nada que justifique o ato. A culpa é de quem convive com armas e as coloca Irresponsavelmente nas mãos de adolescentes. As duas meninas são vítimas!
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