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11.07.2022 | 09h30 Tamanho do texto A- A+

Mãe de Isabele faz carreata contra soltura: “Apelo à Justiça”

Protesto sai do Maxi e vai até o Tribunal de Justiça na terça, dia em que o assassinato completa dois anos

Reprodução

A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe de Isabele

A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe de Isabele

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

No dia em que a morte da adolescente Isabele Ramos completa dois anos, na terça-feira (12), familiares organizam um protesto contra a soltura da menor autora do crime. 

 

O crime ocorreu em julho de 2020, no Condomínio Alphaville, em Cuiabá. No início do mês passado, o Tribunal de Justiça determinou a soltura da adolescente que atirou e matou Isabele.

 

A empresária Patrícia Guimarães Ramos, mãe de Isabele, usou as redes sociais para divulgar o protesto. Ela afirmou que a carreta é um "apelo à Justiça".

 

“Não tem um dia que eu acorde ou durma sem pensar nesse crime e na falta que ela faz”, disse ela na publicação.

 

“Nada que eu fizer ou disser irá trazê-la de volta, mas injustiça maior é a assassina estar solta e de volta ao convívio social, como se nada tivesse acontecido. Essa carreata é um apelo à justiça!!”, acrescentou.

 

A carreata está marcada para acontecer na terça-feira às 9h. O ponto de encontro é o Colégio Maxi e seguirá até o Tribunal e Justiça.

 

A decisão

 

A decisão que mandou soltar a menor foi tomada durante sessão da Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça. A jovem ganhou a liberdade no dia 8 de junho, após ficar um ano internada no Complexo Pomeri.

 

A liberdade foi concedida porque os desembargadores da Terceira Câmara Criminal mudaram o entendimento do caso, alterando o crime de homicídio doloso para culposo, quando não há intenção de matar.

 

Segundo o advogado da menor, Artur Osti, já era esperado que a sentença condenatória fosse alterada quando submetida à revisão de um “órgão colegiado imparcial”.

 

Relembre o caso

 

Isabele Ramos, 14 anos, morreu com um tiro no rosto dentro de um banheiro na casa da amiga.

 

A tragédia aconteceu quando o pai da atiradora, o empresário Marcelo Cestari, pediu que a filha guardasse uma arma que foi trazida pelo genro, de 17 anos, no quarto principal no andar de cima.

 

De acordo com a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE), no caminho, porém, a garota desviou e seguiu em direção ao banheiro de seu quarto, ainda carregando a arma. Lá, conforme a denúncia, ela encontrou Isabele, que acabou sendo atingida pelo disparo da arma.

 

A Politec apontou que a adolescente estava com a arma apontada para o rosto da vítima, entre 20 a 30 centímetros de distância, e a 1,44 m de altura.

Os pais da atiradora respondem um processo separado pelo caso.

 

Eles foram denunciados pelo MPE por homicídio culposo, entrega de arma de fogo a pessoa menor, fraude processual e corrupção de menores.

 

O ex-namorado dela foi condenado a prestar seis meses de serviços comunitários por ato infracional análogo ao porte ilegal de arma de fogo.

 

Veja a publicação:

 

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COMENTÁRIOS
6 Comentário(s).

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Ph  11.07.22 17h11
Ph, seu comentário foi vetado por conter expressões agressivas, ofensas e/ou denúncias sem provas
Paulo Sérgio Bertolo  11.07.22 16h22
Respeitando a dor de cada um, depois de ocorrido o fato, a mãe quer justiça, óbvio que concordo, mas se olharmos a Lei, a infratora ficou tempo demais segregada. Ademais, quantos infratores lesaram patrimônio alheio(vida) e ficaram muito menso tempo recluso. Todavia, a amizade das menores, não aconteceu no dia fatídico, e era de consenso das famílias, porém, leva-se em conta isso tambem. Agora depois do crime a menina infratora se tornou um demônio? Não, eram amigas, houve um acidente, que é muito dolorido para ambas as famílias.
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waldomiro lopes  11.07.22 13h21
No meu modo de pensar, a prisão da menor infratora não irá trazer a vítima de volta, realmente as lembranças são muitas para quem perdeu seu ente querido mas, analisando os fatos, o isolamento social da infratora apenas colocará mais uma família em sofrimento e desestruturar outro lar o que não irá trazer a vitima de volta, o que se pode fazer são orações em prol da alma da vítima eis que, acredito em fatalidade no que ocorreu o que não devia ter ocorrido. À família da vítima força e coragem para continuidade da vida e à família da menor infratora força e coragem para continuar rememorando os fatos ocorridos.
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aquiles  11.07.22 11h47
este é um País de injustiça, a Isabele foi assassina a queima roupa sem nenhuma defesa, os pais da AUTORA DO CRIME e o namorado mudam a cena do crime, e ninguém vai preso, um a pergunta e os outros que estão no palmeri não tem que sair também ? ou é porque a autora do crime é filha de rico?
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José Oliveira  11.07.22 10h10
Essa justiça brasileira é uma piada....Como é mesmo o nome do juiz?
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