Marinha: menino de 6 anos nadou 1km até a costa para pedir ajuda

O menino de 6 anos que sobreviveu a um naufrágio em um passeio de barco no Lago do Manso, no último domingo (28), nadou cerca de 1km até a costa para pedir socorro. A informação é do capitão de fragata da Marinha, Carlos Corrêa.

O esforço do menino salvou a vida da mãe, Camila Mazzaron, e do seu irmão bebê. O pai, Lucas Yerdliska, e o piloto da embarcação, Vando Celso, continuam desaparecidos. 

Comparando a distância da onde a mulher foi encontrada até a distância do menino, tem um quilômetro

Em entrevista na manhã desta terça-feira (30), no Programa Tribuna, da Rádio Vila Real, Corrêa revelou que a distância em que Camila foi localizada ficava a 1 quilômetro da margem que dava acesso ao condomínio onde o menino conseguiu socorro.

“O Corpo de Bombeiros estava tentando, estava realizando algumas buscas, mas não teve sucesso para localizar o local da embarcação. Comparando a distância da onde a mulher foi encontrada até a distância do menino, tem um quilômetro”, disse ele.

Conforme o capitão, a informação que consta até o momento, fornecida por Camila, é de que somente o menino de 6 anos utilizava o colete salva-vidas. A embarcação, segundo ela, teria virado após mudança repentina no tempo.

“A gente vai pesquisar, vai realizar a apuração, porque, às vezes, naquela hora, ela fala que pode estar sem colete, mas a gente sabe que tem alguns momentos de vazios de memória. Então, em outro momento, nós vamos entrar em contato com ela para verificar se existia outros coletes na embarcação”, disse.

Ainda no domingo, teve início às buscas pelos outros ocupantes, porém até a manhã de hoje ninguém foi localizado. Conforme o capitão, tanto o tamanho do lago quanto a falta de informações têm prejudicado o trabalho. 

“O Lago do Manso tem um tamanho considerável. Ele é três vezes o tamanho da Baía de Guanabara, para a gente poder dar um exemplo. [...] Embora o menino esteja usando colete, toda essa fase de apuração de quem estava utilizando colete, qual foi a situação, qual era a situação da embarcação e do próprio condutor, isso vai ser durante a fase de apuração dos fatos. Por enquanto estamos focados só nas buscas e colhendo algumas informações”.

Conforme o capitão, tanto a Marinha quanto o Corpo de Bombeiros e o Ciopaer (Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas) estão com efetivo na região do naufrágio. 

“Nós estamos com uma embarcação e uma moto aquática. [...] tem o pessoal do Ciopaer com aeronave, tem uma boa estrutura montada no entorno do Manso para tentar realizar essas buscas”, contou.

Ao ser questionado sobre a segurança que os turistas devem ter durante passeio no lago, o capitão ressaltou a importância de utilizar o colete salva-vidas e também verificar a situação do tempo antes de entrar na água, que pode ser conferido em aplicativos no celular, por exemplo. 

“Nesse período de chuva, é importante a gente adotar em qualquer navegação aqui em águas interiores, tanto nos nossos rios quanto nos nossos lagos o uso do colete. O uso do colete é essencial, isso eu já falei. O colete permitiu que o menino chegasse à praia, menino de seis anos, nadasse, chegasse à praia e acionasse socorro”.

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