Cuiabá, Sábado, 6 de Setembro de 2025
NÚMEROS ALARMANTES
06.09.2025 | 14h00 Tamanho do texto A- A+

MT registra aumento de 38% nos casos de feminicídio em 2025

Observatório do MPMT aponta aumento no número de casos de fmeinicido nos primeiros 8 meses do ano

Reprodução

A empresaria Gleice Keli, morta em Lucas do Rio Verde pelo marido

A empresaria Gleice Keli, morta em Lucas do Rio Verde pelo marido

ANDRELINA BRAZ
DA REDAÇÃO

Mato Grosso registrou, nos primeiros oito meses de 2025, 36 casos de feminicídio, o que representa um aumento de 38,46% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério Público de Mato Grosso, por meio do Observatório Calindra.

 

O número de mortes de mulheres apresentou um aumento significativo desde o último levantamento realizado em 2024, quando foram contabilizados 26 casos de feminicídio no estado entre janeiro e agosto.

 

Em 2025, os meses com maior número de ocorrências foram junho, com 10 casos, e maio, com 7 casos.

 

O levantamento aponta ainda que mais de 70% dos casos de feminicídio em Mato Grosso ocorreram dentro do ambiente doméstico.

 

Entre os casos mais emblemáticos está o assassinato de Gabrieli Daniel de Souza, de 31 anos, morta a tiros pelo marido, o policial militar Ricker Maximiano de Moraes, de 35 anos, no dia 25 de maio, em Cuiabá.

 

Outro caso marcante foi o da empresária Gleici Keli Geraldo de Souza, morta a facadas pelo marido, o engenheiro agrônomo Daniel Frasson, na residência do casal, em Lucas do Rio Verde, no dia 24 de junho de 2025. A filha do casal também foi ferida durante a ação.

 

Segundo o levantamento, este é o pior índice de mortes de mulheres no estado desde o ano de 2020, quando se iniciou a pandemia de Covid-19 e medidas de isolamento social foram adotadas.

Naquele ano, o número de feminicídios chegou a 41 até o mês de agosto.

 

Dos 36 casos de feminicídio registrados em 2025, 28 vítimas não possuíam boletim de ocorrência registrado contra o agressor, enquanto 8 tinham registros anteriores.

 

Além disso, o levantamento mostra que 5 vítimas estavam sob medidas protetivas no momento em que foram assassinadas.

 

Outro dado alarmante é o número de medidas protetivas solicitadas no estado: de janeiro a agosto de 2025, foram registradas 11.901 medidas protetivas de urgência, o que representa uma média de 1.487 pedidos mensais.

 

Perfil dos agressores

 

O levantamento também traçou o perfil dos autores dos crimes. Em sua maioria, os feminicídios foram cometidos por companheiros atuais das vítimas, totalizando 17 casos.

 

Ex-companheiros e ex-namorados foram responsáveis por 11 ocorrências. Já namorados, familiares ou pessoas com quem as vítimas mantinham relações casuais somaram 7 casos.

 

 

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