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02.09.2011 | 08h25 Tamanho do texto A- A+

Nova rede social é criada por Governo Federal do país

Comissão do Futuro, liderada pelo neurocientista Miguel Nicolelis, já tem mais de 2.000 membros em duas semanas

IG

Criado há pouco mais de duas semanas, o site da Comissão do Futuro da Ciência Brasileira (CFCB) já contabiliza mais de 2.000 membros cadastrados e mais de 100 grupos de discussão.

Segundo o neurocientista Miguel Nicolelis, coordenador da CFCB, a participação das pessoas na nova rede social está sendo "espetacular". Criada pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, em março deste ano, a comissão é um órgão consultivo formado por 21 membros - todos cientistas, brasileiros e estrangeiros.

A missão central da comissão é traçar um diagnóstico do estado atual da pesquisa cientifica no país e oferecer sugestões e propostas visando ampliar o papel que a ciência brasileira terá no desenvolvimento econômico e social do Brasil.

"Como forma de democratizar os trabalhos da CFCB, a rede foi criada para que toda a sociedade brasileira possa participar das deliberações da comissão, oferecendo sugestões, propostas e descricões dos problemas enfrentados por estudantes e pesquisadores por todo o país", diz um trecho do site recém-criado.

Nicolelis é também o diretor do IINN-ELS (Instituto Internacional de Neurociências de Natal Edmond e Lily Safra), cuja missão principal é promover a realização e o crescimento da pesquisa científica de ponta para contribuir para o desenvolvimento educacional, social e econômico do Rio Grande do Norte e da região Nordeste do Brasil como um todo.

No ano passado, o cientista recebeu os dois prêmios mais cobiçados no meio científico: o NIH Director's Transformative R01, que concede US$ 4,4 milhões para aplicação em pesquisa, e o Director's Pioneer Award, de US$ 2,5 milhões. Ele foi o primeiro cientista a receber as duas premiações no mesmo ano.

Confira a entrevista que o neurocientista Miguel Nicolelis concedeu ao iG Carreiras:

iG Carreiras - Quanto foi investido pelo governo para a criação da Comissão do Futuro?

Miguel Nicolelis - Nada. O site foi construído em parceria com instituições privadas e estamos reduzindo ao máximo as despesas do Ministério [da Ciência e Tecnologia].

Esse site, em duas semanas de existência, já tem mais de 12 mil acessos, mais de 2.000 pessoas registradas como colaboradores e foram criados mais de 100 grupos de discussão. A primeira missão da Comissão era essa: criar um ambiente de transparência para que toda a sociedade brasileira pudesse participar das discussões. Esse foi o primeiro passo. A participação está sendo espetacular e nós queremos ampliar a rede ainda mais. Agora, vamos começar os trabalhos juntamente com os colaboradores da sociedade civil.

iG - Em termos de carreira, quais são as oportunidades de trabalho do pesquisador no Brasil? O senhor vislumbra um cenário melhor no futuro?

Nicolelis - Essa não é a nossa atribuição. Nossa atribuição é gerar sugestões. Nós não temos nenhum caráter deliberativo e sim a de gerar sugestões para o senhor Ministro. Caberá a ele decidir quais dessas sugestões deverão ser implementadas com políticas públicas.

iG - Em seu twitter, o senhor postou no mês passado que a "Comissão do Futuro da Ciência Brasileira vai ser a primeira da história a ter uma professora de escola do Ensino Fundamental entre membros". Que contribuições a professora trará à pesquisa?

Nicolelis - A ciência precisa ser introduzida desde o Ensino Fundamental. É uma maneira também de dialogar com os professores para o processo de educação científica de nossas crianças começar nas escolas.

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