O advogado Artur Barros Freitas Osti, que assumiu a defesa da família do empresário Marcelo Cestari, garantiu nesta terça-feira (15) que o disparo que matou Isabele Guimarães não foi intencional. Segundo o defensor, a morte da garota é decorrência de uma "fatalidade".
Isabele foi morta do dia 12 de julho, no condomínio Alphaville, com um tiro disparado pela arma que sua melhor amiga segurava.
“Após analisar atentamente o que, de fato, a investigação tem apurado sobre o episódio, conclui pela absoluta ausência de intenção na conduta da menor que efetuou o disparo”, afirmou o novo advogado.
Osti garante que não houve desavenças entre as meninas no dia da tragédia, como suspeita a mãe da vítima, a empresária Patrícia Guimarães.
“Já existem nos autos provas seguras quanto a inexistência de qualquer intriga ou desavença prévia entre os envolvidos que permitisse a cogitação de premeditação na conduta”.
“Convencido sobre estar diante de uma fatalidade, assumi o encargo, o qual desempenharei, como de costume, de forma estritamente técnica e respeitosa com a sensibilidade dos fatos apurados”, assegurou.
Troca de advogados
O advogado Ulisses Rabaneda deixou o caso da família Cestari nessa segunda-feira (24). Ele informou por meio de nota que o contrato não foi renovado por não ter havido consenso em relação a algumas cláusulas.
Diante disso, Artur Osti assumiu os trabalhos de defesa da família.
O caso
Isabele Ramos, de 14 anos, foi atingida com um tiro no rosto, por uma arma que estava sendo segurada pela amiga. A perícia de necropsia, produzida pelo Instituto de Medicina Legal (IML), apontou que o disparo foi realizado no rosto da adolescente, a curta distância, e causou traumatismo crânio-encefálico.
À Polícia, a adolescente que atirou disse que foi em busca da amiga no banheiro do seu quarto levando em mãos duas armas.
Arquivo
O advogado Ulisses Rabaneda, que deixou o caso
Em determinado momento, as armas, que estavam em um case, caíram no chão. “A declarante abaixou para pegar os objetos, tendo empunhado uma das armas com a mão direita e equilibrado a outra com a mão esquerda em cima do case que estava aberto", revelou a menor em depoimento.
"Que em decorrência disso, sentiu um certo desequilíbrio ao segurar o case com uma mão, ainda contendo uma arma, e a outra arma na mão direita, gerando o reflexo de colocar uma arma sobre a outra, buscando estabilidade, já em pé. Neste momento houve o disparo", acrescentou.
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8 Comentário(s).
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Graci Miranda 31.08.20 00h07 | ||||
Realidade é pericial. QUEM pratica esse esporte sabe das consequências. | ||||
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Adilson A Barbosa 25.08.20 21h37 | ||||
Esse esporte, é um esporte muito prazeroso, mas não deveria nunca ser permitido para menores de 25 anos, mesmo tendo autorização dos pais ou juiz. Para se ter acesso a aquisição de uma arma, a primeira exigência é que se tenha no mínimo 25 anos. Porque então a autorização da prática para menores? Eu acho que uma pessoa menor de 25 anos não tem maturidade para essa prática. Na minha opinião a lei se contradiz feio nessa regra. | ||||
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José Fernando 25.08.20 12h20 | ||||
Provavelmente elas deveriam está brincando com um objeto fatal, eu sempre falo para as pessoas para que ter uma arma em casa, ela só serve para tirar a vida, não tem serventia a não ser para mata, os únicos culpados são os donos da amar. | ||||
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Benedito costa 25.08.20 12h17 | ||||
A moça que atirou tem consciência que inclusive namora. Ela já sabia do que uma arma seria possivel fazer. Deram a arma pra ela? Ela pegou a arma? Se pegou pra que? Sabendo das armas ela assumiu o risco e sendo assim ela é culpada pelo tiro, pelo crime. | ||||
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Zeca 25.08.20 11h04 | ||||
Claro que não houve desavença doutor, mesmo porque pareciam ser amigas, acontece que houve um disparo frontal apurado na pericia técnica, isso precisa ser esclarecido. | ||||
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